O deputado Jesus Rodrigues, Coordenador da Bancada Piauiense no Congresso Nacional participa de reunião do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores na manhã deste sábado (4 de janeiro de 2014) e avalia que desde a eleição de 2010, o PT perdeu espaços no Governo do Estado, o que culminou com a crise. O parlamentar afirma ainda que o vice-governador Zé Filho, vive situação semelhante em relação a ocupação de espaço.

"Depois da eleição, Wilson Martins poderia ter dado espaço maior ao PT e é também o que faz com o Zé Filho hoje, ele vive tolhido, amarrado, sem saber em que condições vai assumir o cargo (de governador). O PT ficou com secretarias periféricas. Os recursos não vinham e não sei se isso não foi proposital. Ficamos com secretarias pequenas e algumas coordenadorias que haviam sido criadas no governo Wellington Dias foram rebaixadas", avalia o deputado. Ainda de acordo com Jesus Rodrigues, o governador tem provocado insegurança em torno da base. "Há uma insegurança em toda a base porque o próprio Wilson Martins não sabe o que vai fazer", acrescentou. O Partido dos Trabalhadores reúne toda a sua cúpula do diretório estadual para discutir as estratégias para a eleição deste ano. Uma das iniciativas a serem tomadas a partir de agora é estreitar as conversas com outros partidos e abranger o leque de alianças na tentativa de emplacar a candidatura do senador Wellington Dias ao governo do Estado.

 Deputado federal Jesus Rodrigues diz durante reunião do PT que o vice-governador Zé Filho está amarrado 

Já está marcada para o dia 9 uma reunião com integrantes do G12. O PT também busca entendimento com o PRB de Gessivaldo Isaías. Porém, o mote principal de debate nesta manhã é a conjuntura que se formou após a expulsão de petistas do governo do Estado. A presidente regional do partido, Regina Sousa, avalia que o ato do governador Wilson Martins foi antecipado e precipitado. "A gente acreditava que isso só aconteceria em março ou abril, mas ele [Wilson Martins] resolveu antecipar. Os cargos são dele. Ele dispõe quando quiser, mas o normal seria que esses três primeiros meses seriam de conversa. Não sei se faz sentido reformar o secretariado em janeiro e depois o reformar novamente em abril", disse Regina. O deputado Assis Carvalho, que também participa da reunião, evita colocar que o PT assumirá a oposição. "O PT elegeu esse projeto e temos compromisso com o Estado, trabalhamos com o que é bom para o Piauí. Naquilo que for bom para o Piauí, o governo pode contar com nosso apoio", afirmou Assis. Em relação ao PMDB, Assis assegura que serão mantidas conversas permanentes. "O PMDB é um aliado em nível federal e manteremos esse diálogo de forma permanente". Com informações do Portal Cidade Verde.