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Tenente Coronel é indiciado pela morte de gerente do BB em tiroteio com bandidos |
"Foi comprovado durante o inquérito que qualquer um dos fragmentos, independentemente, poderiam ter causado a morte do gerente. Isso porque elas eram de grosso calibre", afirmou Robert Lavor. Por conta das balas terem se fragmentado, também não foi possível saber de qual arma saíram os tiros. O delegado Higgo Martins, da Delegacia de Homicídios, informou que o laudo limita-se a dizer que os tiros disparados pela Polícia Militar miraram o veículo usado pelos assaltantes na fuga. "A vítima era utilizada como escudo por um dos bandidos responsáveis pelo assalto", disse o delegado. "Chegamos a essa conclusão após ouvir 56 testemunhas e após 13 laudos". O delegado geral da Polícia Civil, James Guerra, justificou o indiciamento. "Não foi a melhor forma, não foi a melhor decisão do comandante da operação. Ele não buscava a morte do gerente e sim impedir que o roubo tivesse sucesso. Foi uma tomada de decisão não correta", declarou. "O objetivo da polícia não era matar ninguém. Mas mesmo assim, percebendo que havia feridos, a troca de tiros continuou", acrescentou.
As conclusões da Polícia Civil seguem para o Ministério Público do Piauí, que ficará responsável por oferecer a denúncia ou pedir novas diligências. Cópia do inquérito também será enviada para a Corregedoria da Polícia Militar. "O mais importante vai ser determinar se foi um crime comum ou militar. Temos 15 dias para analisar o material. Faremos isso com muita calma. Não é a PM do Piauí que está sendo colocada na cadeira dos réus. Os servidores que erraram vão ser responsabilizados", afirmou o promotor Antônio Rodrigues de Moura, também presente na coletiva. |