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PF aciona a Interpol para ajudar na investigação de grupo acusado de sonegar 900 milhões |
A operação “Sorte Grande” da Polícia Federal conta com apoio da Interpol, a polícia internacional, para ajudar na investigação contra 50 empresas piauienses acusadas de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. O delegado de combate ao crime organizado da Polícia Federal, Carlos Alberto Nascimento, informou durante coletiva que a Interpol está no caso, devido o indício de lavagem de dinheiro no exterior. “A operação até agora está 100% de eficácia e a Interpol já está nos ajudando na investigação”, disse o delegado. Na operação “Sorte Grande”, 13 pessoas foram detidas em condução coercitiva. Foram 15 mandados de busca e apreensões. A PF está fazendo levantamento da quantidade de dinheiro apreendida na operação Sorte Grande, deflagrada na manhã desta quarta-feira (20 de agosto de 2014). Delegado da Polícia Federal, Carlos Alberto Nascimento A Interpol ajudará na investigação já que existem indícios de que o dinheiro era enviado para fora do país e que havia paraísos fiscais nas Ilhas Virgens Britânicas. A investigação foi iniciada há cerca de 10 anos e calcula-se sonegações na ordem de R$ 900 milhões até o ano passado. Os depoimentos das 13 pessoas que foram conduzidas à sede da Polícia Federal ainda estão sendo tomados em Teresina-PI, Timon-MA e em São Paulo. O Ministério Público Federal, através do procurador Marco Túlio, confirmou o nome do empresário Paulo Guimarães entre as pessoas conduzidas coercitivamente em São Paulo para prestar depoimento. O delegado federal Carlos Alberto Nascimento informou que dois revólveres foram apreendidos na operação Sorte Grande e será aberto um inquérito paralelo para investigar a posse ilegal de armas de fogo. A operação é resultado de investigações que apontam lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e associação criminosa em um dos maiores grupos empresariais do Piauí. Superintendente da PF no Piauí, Tarcísio Abreu falou sobre a operação O desfalque, segundo a PF, chega a quase R$ 900 milhões. Segundo o delegado Carlos Alberto, houve blindagem patrimonial, envolvendo cerca de 50 empresas do grupo, algumas são falsas. "As empresas devedoras eram quase falidas e parcelaram dívidas sem a intenção de pagar", esclareceu. Ele explicou também que 13 pessoas foram conduzidas para prestar depoimentos, duas em São Paulo e 11 em Teresina. "Estão sendo ouvidas as pessoas que emprestaram o nome para serem laranjas e os proprietários das empresas", completou o delegado da PF. Participaram da coletiva a imprensa, o Superintendente da Polícia Federal do Piauí, Tarcísio Abreu; o delegado Carlos Alberto Nascimento, especialista no combate ao crime organizado, e Marcellus Alves, superintendente adjunto da Receita Federal do Piauí. Marcellus acrescentou que o grupo empresarial é um dos maiores do Piauí e somente no ano passado, duas dessas empresas lançaram R$ 25 milhões na Receita Federal. Na operação foi apreendida uma considerável quantia em dinheiro, em moedas nacionais e estrangeiras. Os conduzidos para a delegacia não serão presos neste momento porque a Justiça e a Polícia Federal entendem que o mais importante é a busca e apreensão de provas e a oitiva simultânea dos envolvidos.
Fonte:Portal Cidadeverde
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Última atualização ( Qua, 20 de Agosto de 2014 16:11 ) |