O Piauí é o terceiro estado do país com mais mortes provocadas por raios, segundo um estudo realizado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados apontam que 98 pessoas morreram após serem atingidas por descargas atmosféricas em 2014.

À frente do Piauí ficaram apenas os estados de São Paulo, com 17 óbitos, e Maranhão, com 16. Em quarto lugar ficaram empatados Amazonas e Pará com seis mortes cada.

Entre os casos registrados no estado no ano passado estão o óbito de uma professora em Boqueirão do Piauí, morta em sua própria residência; um agricultor em Elesbão Veloso e um lavrador em Santa Cruz dos Milagres. O Elat explica que os números de São Paulo se destacam em razão de duas tragédias que ocorreram no segundo semestre de 2014. Em 7 de novembro, foi registrada na capital a fatalidade de três moradores de rua, atingidos simultaneamente por um raio. Em 29 de dezembro, quatro banhistas receberam uma descarga atmosférica em Praia Grande. O episódio do litoral sul de São Paulo foi a segunda maior tragédia provocada diretamente por um raio na história do Brasil. De acordo com o balanço, 27% das vítimas faziam atividades agropecuárias quando foram atingidas pelo raio e outras 20% estavam dentro de casa. Entre elas, 56% moravam na zona rural.

Série histórica
Com os dados de 2014, o Elat completa 15 anos de análises de mortes por raios no Brasil. A série histórica de 2000 a 2014 apresenta, pela primeira vez, a cidade de São Paulo como a recordista em número de mortes por raios no país. No período, houve 25 mortes por descargas atmosféricas na capital paulista, contra 22 fatalidades em Manaus (AM) até 2013, a primeira colocada no ranking.

O estado de São Paulo se mantém com o maior número de vítimas, com 288 casos em 15 anos. Minas Gerais apresentou no período 132 mortes e o Rio Grande do Sul, 130 fatalidades por raios. Com informações do Portal Cidade Verde.