O delegado Luciano Alcântara vai encaminhar à Justiça de José de Freitas-PI, nesta quarta-feira (11 de fevereiro de 2015), o inquérito que apurou a morte do professor José Wellington Gomes da Rocha, assassinado naquela cidade com pancadas na cabeça, em maio de 2014. O crime teve grande repercussão em José de Freitas, pela forma como o professor foi executado e o seu corpo ter sido encontrado três dias depois, dentro de um matagal.

O inquérito somente foi concluído na tarde desta terça-feira (10 de fevereiro de 2015), depois que o delegado Luciano Alcântara ouviu a última testemunha do caso, que revelou informações importantes dando conta de que após o professor ter sido assassinado, alguém que não seria da família dele professor teria utilizado o seu computador, dizendo que iria ver algumas mensagens. Por solicitação do delegado Luciano Alcântara, o notebook do professor José Wellington foi submetido à perícia pelo Instituto de Criminalística do Piauí e somente na última sexta-feira (6 de fevereiro de 2015) o laudo pericial ficou pronto e já está anexado ao inquérito. Os peritos constataram que arquivos que existiam no computador do professor José Wellington com informações importantes foram deletados. Uma das pastas do computador do professor que foi deletada e os peritos não conseguiram resgatar foi uma que continha informações do controle financeiro da vítima.

Imagem:Saraivareporter.com

Delegado Luciano Alcântara

O delegado Luciano Alcântara afirma que a investigação demorou mais tempo, em razão de perícias que estava aguardando os laudos para anexar ao inquérito. “Nós fizemos uma investigação com muita cautela e responsabilidade e agora formamos a nossa convicção sobre o crime do professor e encontramos fortes indícios de quem teria envolvimento com a sua morte, mas no momento não posso dar mais detalhes, pois estou encaminhando tudo que foi apurado à Justiça e ao Ministério Público”, afirmou o delegado Luciano Alcântara.

Objetos apreendidos na casa do professor ajudaram na investigação

Objetos pessoais do professor José Wellington Gomes da Rocha, que foram recolhidos pela Polícia Civil, em sua residência, em José de Freitas-PI, por determinação do delegado Luciano Alcântara, contribuíram bastante na investigação do seu assassinato. Os objetos foram encontrados no quarto da vítima. Segundo o delegado Luciano Alcântara, são robustas as informações que estão sendo encaminhadas à Justiça. O perito médico legal José Luís Castelo Branco de Siqueira, do IML de Teresina-PI, no laudo cadavérico constou que o professor José Wellington que era muito conhecido em José de Freitas, foi morto com objeto contundente (pauladas ou pedradas na cabeça). O crime do professor José Wellington obteve ampla repercussão em José de Freitas.Professor José Wellington foi morto barbaramente em José de Freitas

Entenda mais o caso

O professor José Wellington Gomes da Rocha que estava desaparecido desde o final da tarde do dia 17 de maio de 2014, na cidade de José de Freitas-PI, foi assassinado e o seu corpo foi encontrado irreconhecível e em estado de decomposição, por volta das 10h30min do dia 20 de maio de 2014, pelo popular conhecido por Raimundo do Gesso. Segundo a professora Creuza Vasconcelos, o corpo do seu amigo José Wellington que era muito conhecido em José de Freitas, onde ele era servidor efetivo da prefeitura, foi encontrado próximo a ponte da localidade Maracujá, e a 1 km do Bairro Deus Me Deu, próximo a um lixão que havia sido improvisado pela prefeitura.

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Veja como foi encontrado o corpo do professor José Wellington

Desde o dia 19 de maio de 2014, familiares, professores e amigos de José Wellington faziam buscas no Município de José de Freitas, no sentido de encontrá-lo. O popular Raimundo do Gesso que também participava das buscas acabou encontrando o corpo do professor no matagal, próximo a ponte que dá acesso ao Povoado Ema, após sentir um mau cheiro. Urubus já rondavam o local onde o corpo do professor foi encontrado na manhã de terça-feira (20 de maio de 2014). Na época, o menor de iniciais M.A.S, de 16 anos, foi apreendido por ter sido encontrado com o celular do professor José Wellington.

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Populares foram ao local onde o professor foi encontrado morto

O adolescente chegou a passar 45 dias internado no CEIP, em Teresina-PI, por determinação do juiz Lirton Nogueira Santos, que decretou a sua internação no dia 22 de maio de 2014, mas depois o adolescente foi colocado em liberdade, após parecer favorável do Ministério Público Estadual. O menor teria sido visto na companhia do professor José Wellington, em um bar no Bairro Deus Me Deu, em José de Freitas, no final da tarde do dia 17 de maio de 2014, exatamente, o dia em que o professor desapareceu. O menor M.A.S chegou a ser ouvido pelo promotor de justiça Flávio Teixeira de Abreu Júnior, quando ele esteve internado no Centro de Internação Provisória, na Zona Sudeste de Teresina, por determinação do juiz Lirton Nogueira Santos, titular da Comarca de José de Freitas.Veja como ficou a frente da Delegacia de José de Freitas, antes do corpo ser encontrado

O professor José Wellington morava na Rua Mestre Raimundo, 664, no Centro de José de Freitas-PI. Após o inquérito chegar à Justiça de José de Freitas, será analisado pelo Ministério Público Estadual que depois decidirá se denuncia alguém que seja apontado nas investigações ou se pedirá mais diligências no caso.

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Populares quando estavam indo para o local onde foi encontrado o corpo do professor

Por José Saraiva