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Governo não faz repasse para pagar salários e servidores fazem protesto na SEFAZ |
Servidores das Empresas Servi-San e Limpel estão concentrados em frente à Secretaria de Fazenda do Estado para reivindicar o pagamento dos salários atrasados. A manifestação é para que o Governo se mobilize e repasse a quantia necessária para a regularização dos mais de 2 mil servidores estaduais que estão a 4 meses sem receber pagamento. Os servidores estão em greve desde o último dia 12 de fevereiro, quando houve uma determinação judicial para o repasse do Governo de R$ 3.574.475, e da Prefeitura de Teresina R$ 1.606.728 para o pagamento das empresas terceirizadas. O repasse da prefeitura já foi feito na última semana, mas até o momento o Estado ainda não se pronunciou. O integrante do comando de greve CSP- Conlutas, Romildo Araújo, afirma não compreender a demora do Estado. “O Juiz Adriano Craveiro determinou a penhora do dinheiro, mas o Estado afirma que somente 500 mil reais da dívida são comprovados, não entendemos qual o problema do atraso e a demora no pagamento dos servidores”, relata Romildo.Romildo Araújo Há 15 dias os trabalhadores iniciaram as manifestações pela atualização dos salários, suspensão das demissões e pagamento dos direitos pendentes. Uma trabalhadora da Servi-San recebeu na manhã de hoje o salário referente ao mês de Dezembro de 2014, mas ao chegar a empresa constatou que a folha de pagamento do mês de janeiro já estava assinada e regularizada, mas não havia pagamento à servidora. “Eu questionei porque havia a folha de pagamento de janeiro com todos os descontos, se eu não recebi o dinheiro e lá estava como se a empresa estivesse efetuado o pagamento”, diz Edwirgens Guedes. Em apoio à classe, Daniel Solon (PSTU) acompanhou a manifestação e demonstrou solidariedade aos servidores. “Queremos que o Governo pague a dívida dos trabalhadores, pois eles não têm nada a ver com a relação empresa e governo. Estamos aqui para cobrar tanto do Estado como da Prefeitura, pois o que se vê é um desrespeito duplo, tanto para com os trabalhadores como para a justiça”, afirma.Os servidores relatam que não tem como pagar as contas e estão mantendo a família com a ajuda de familiares e amigos. “Eu estou sobrevivendo com a ajuda da minha mãe, pois eu e meu marido trabalhamos na mesma empresa e o problema só aumenta. Consegui comprar o material escolar do meu filho com a ajuda de amigos, pois não tinha dinheiro em casa”, completa Edwirgens. Edwirgens Guedes Os servidores estão com uma audiência pública marcada para a manhã de hoje com o Procurador do Estado, Francisco Lucas, e o Diretor do Tesouro Estadual para que haja solução aos problemas da classe. “Nós só sairemos daqui depois que houver o comprovante do repasse do dinheiro à Justiça. Por enquanto a greve continua sem prazo para o encerramento”, finaliza Romildo Araújo. Com informações do Portal O Dia. |
Última atualização ( Qua, 25 de Fevereiro de 2015 13:52 ) |