|
||||
Sargento-PM é denunciado à corregedoria acusado de agir com truculência no Piauí |
Quatro moradores da cidade de Passagem Franca, no Piauí, foram a Teresina, na manhã desta segunda-feira (2 de março de 2015) para formalizar uma denúncia junto à Corregedoria da Polícia Militar contra um policial militar lotado naquela cidade. Em depoimento, eles acusam o sargento Olavo, de abuso de poder e agressão física. O trabalhador rural João Ferreira da Silva Filho tem passagens pela polícia e conta que, devido a isso, sempre que acontece um crime na cidade, o sargento Olavo invade a sua casa e o leva preso, sem ter provas que o incriminem. “Essa situação já se repetiu por quatro vezes. Acontece algum crime na cidade, ele invade a minha casa, me agride e me leva preso. Algum tempo depois ele descobre que eu não tenho envolvimento com o crime e me solta, mas sem maiores justificativas”, detalha João. O também trabalhador rural Valdir Eduardo Sousa conta que foi preso pelo sargento Olavo por causa de uma briga de bar. Cidade de Passagem Franca-PI Na ocasião, apenas Valdir foi detido e ele alega que as algemas apertadas chegaram a cortar superficialmente seus pulsos. “Eu briguei com o dono do bar e a polícia foi chamada. Quando o sargento Olavo chegou ao local, me segurou pelo pescoço e me levou preso. Ele não teve o trabalho de escutar as duas partes, apenas me tirou do local sem levar também o outro envolvido na discussão”, explica. O homem completa dizendo que passou uma noite na prisão e ficou algemado mesmo dentro da cela. “Depois disso até passei uns dias sem trabalhar porque eu estava sem movimentação nas mãos. Sem contar que meus pulsos ficaram bastante machucados”, desabafa Valdir. O microempresário Antônio Duarte prestou depoimento contra o sargento na Corregedoria da PM. Ele alega que o policial lhe aplica multas de trânsito abusivas. “As multas somam mais de R$ 4 mil e eu nunca fui parado pelo policial. Meu carro fica estacionado o dia todo em um posto próximo ao meu trabalho e, quando eu menos espero, chega uma multa em minha casa”, conta o homem, que avisa que vai recorrer das multas aplicadas. Antônio esteve acompanhado da esposa, a comerciante Elimária Leite Sousa, que conta que muita gente da cidade está prejudicada por causa das imposições do sargento. “Essa situação de coronelismo já dura muito tempo. A cidade é pequena e o sargento acha que pode agir baseado nas próprias leis. As pessoas têm medo de denunciá-lo por causa de repressões”, diz. O comandante de policiamento do interior, coronel Paulo de Tarso, avisa que já foi comunicado sobre a denúncia na corregedoria e encaminhou ainda nesta manhã o caso ao capitão da PM de Água Branca-PI. “A cidade é subordinada à Água Branca, por isso, a pessoa que estará à frente das investigações será o capitão daquele município”, explica. O responsável pelo caso terá 40 dias para analisar as denúncias. Com informações do Portal O Dia. |
Última atualização ( Seg, 02 de Março de 2015 13:42 ) |