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Em audiência na Alepi, sindicato diz que Força Nacional não resolve problema |
A delegada Andrea Magalhães, presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Estado do Piauí (Sindepol), em um discurso bastante incisivo, disse que acredita que a vinda da Força Nacional não irá solucionar o problema da falta de segurança. Entre os motivos elencados por ela estão falta de investimentos do Governo e a brevidade do reforço policial, apenas de três meses, principalmente, pelo ponto de vista investigativo. "Somente o reforço no efetivo não vai resolver o problema da violência e da criminalidade. Também temos a questão do número de delegados que está muito aquém do necessário. Atualmente, temos 40 delegados em formação sem previsão de término e somente 39 delegados atuando no interior, sendo que temos 223 municípios e o ideal seria pelo menos um delegado em cada cidade", disse Andrea Magalhães. A delegada afirma ainda que pode haver um auxílio por parte dos sindicatos dos policiais, que podem trabalhar em conjunto sim, na sugestão e na execução de projetos como mutirões, políticas comunitárias, nas execuções de projetos especiais que trabalhem o reforço aos princípios da família, para que os índices de criminalidade no Piauí não se desenvolvam mais", finaliza.
Por outro lado, o secretário de Segurança, Fábio Abreu, reforçou que os números de crimes vêm diminuindo. "Em janeiro e fevereiro de 2014 foram registrados 73 roubos e no mesmo período deste ano ocorreram 61 casos, ou seja, houve uma diminuição real quanto os números da criminalidade. Isto significa que as ações que estão sendo tomadas, a exemplo da vinda da Força Nacional e da formação de quase 700 cabos hoje, vêm surtindo efeito", disse o secretário. Em resposta as declarações de Andrea Magalhães, o Secretário de Segurança disse ainda ter consciência de que o problema não se resolve apenas com o policiamento. "Precisamos de uma identificação maior da problemática e de maiores perspectivas para que com projetos e planejamento possamos reforçar a segurança. Pode ter certeza que cada sindicato vai participar e dar sugestões que serão acatadas conforme a análise de viabilidade das ações. Em outro momento, órgãos como Ministerio Público, Associação dos Magistrados e Sindicatos dos Policiais serão chamados para discutir a questão com mais aprofundamento", disse Fábio Abreu. |
Última atualização ( Seg, 23 de Março de 2015 16:09 ) |