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IML confirma que apenas piloto estava em avião que caiu com 30 quilos de cocaína no Piauí |
Menandro Pedro revelou ainda que os seis homens presos na região após a queda do avião, são traficantes interestaduais e tinham equipamentos suficientes para permanecer pelo menos 60 dias na mata. "Com eles foram apreendidos muitos objetos. Em 27 anos de Polícia nunca vi uma equipe com tantos apetrechos, suficientes para mantê-los por 60 dias dentro do mato. Eram 15 rádios de comunicação novos, cerca de 500 embalagens de comida, dois tanques com 400 litros de combustível, máquinas manuais para retirar o álcool do vasilhame e abastecer a aeronave, cadeiras, mesas e outros", disse o coordenador da Depre. Os seis presos foram levados para a Casa de Custódia, em Teresina-PI, ainda na noite de domingo (12 de abril). A droga- cerca de 30 quilos de cocaína- seria distribuída em Fortaleza-CE e chegaria ao estado vizinho em um caminhão-pipa. Delegado Menandro Pedro Menandro Pedro explica que para camuflar o entorpecente, os traficantes usariam bexigas para embalar a droga e esconder dentro do carro de transporte de água. "O avião vinha de São Paulo e passava por essa pista clandestina que foi construída, recentemente. A via tem cerca de 1000 a 1500 metros, mas não tinha iluminação. O avião caiu por volta das 22 horas da última sexta-feira (10). Um dos elementos já estava sendo monitorado e tanto a Polícia Civil como a Militar sabia dessa pista. O Piauí era apenas a rota, mas o destino da droga seria o Ceará. Com eles encontramos o carro-pipa e outros carros, um deles tinha a nota fiscal da compra dos balões. Eles são traficantes interestaduais. Três tinham documentos falsos e um deles, inclusive, já foi preso pela Polícia Federal com mais de um R$ 1 milhão de reais no bolso", reitera Menandro Pedro. Sobre a informação do número de ocupantes da aeronave, o coordenador da Depre explica que havia material humano tanto no banco do piloto como no do copiloto, o que levou a Polícia Civil a acreditar que mais de uma pessoa haveria morrido carbonizada. Os restos mortais foram recolhidos pelo Instituto Médico Legal de Teresina, ainda na madrugada de domingo (12).Diretor do IML de Teresina-PI, Marcos Antônio Filho Exame de DNA O diretor do IML de Teresina, Marcos Antônio Santos Filho, explica que o exame de DNA para identificar a vítima só será realizado se algum familiar reivindicar o corpo, o que até o momento não ocorreu. "Em casos de corpos carbonizados, a identificação pode ser realizada através da arcada dentária, impressões digitais e o DNA. Nesse caso do corpo encontrado no avião, o reconhecimento só pode ser feito pelo DNA e aqui no Piauí não existe nenhum laboratório. O exame será realizado quando algum familiar reivindicar o corpo ou até mesmo se houver uma solicitação pelo aparelhamento da Secretaria de Segurança Pública", disse Marcos Santos. Ele explica ainda que os restos mortais permanecem sob custódia do IML. "Se algum familiar aparecer, serão retirados pedaços dos restos mortais e material da pessoa que se diz parente. O exame de DNA não é demorado, mas será necessário articular uma parceria com algum órgão de outro estado para que o procedimento possa ser realizado", afirmou Marcos Filho. Com informações da TV Cidade Verde. |