O "candidato bebê", aprovado para o cargo de professor classe “A” em concurso promovido pela prefeitura de Castelo do Piauí, na verdade tem 26 anos e se chama Francisco das Chagas da Paz Soares. Natural de Campo Maior-PI, ele falou e lamentou a polêmica envolvendo seu nome. Tranquilo, ele exibiu sua carteira de identidade, descartou a possibilidade de processar o instituto responsável pela seleção e revelou que teme a anulação do certame. O concurso foi destaque devido a um possível erro de digitação. Na lista de classificados Francisco das Chagas aparecia com a data de nascimento de 08 de abril deste ano, como se tivesse 12 dias de vida quando fez o teste. Francisco das Chagas nasceu no dia 14 de outubro de 1988, trabalha como professor e afirmou que não esperava tamanha repercussão. O caso ganhou foi destaque no CidadeVerde.com na segunda-feira (20). "Eu preenchi a ficha corretamente. Suponho que o instituto tenha errado na hora da digitação. Eu não esperava tanta repercussão. Deu até na televisão", comentou. Por causa da polêmica, Francisco das Chagas teme que o concurso seja anulado. Apesar do risco, ele garantiu que não vai entrar na Justiça em busca de indenização.

"Não quero entrar na Justiça. Quero é a vaga que almejo. Tenho medo que outros candidatos reivindiquem a anulação do concurso. Mas é importante destacar que passei por mérito e competência. Alguns candidatos podem considerar que há algum vínculo, mas não sei nem quem faz parte desse instituto", argumentou o professor. Ainda nesta semana, Francisco das Chagas deve enviar para o Instituto Gabriel Excelência, responsável pela realização do concurso, suas credenciais para a prova de título. "Enviarei em anexo também uma nota com meus dados corretos", acrescentou.

Em nota enviada ao CidadeVerde.com ainda na segunda-feira, o Instituto Gabriel Excelência esclareceu que qualquer erro ou informações do candidato será submetido à legislação vigente. No caso em apreço, a data de nascimento não é condição sine qua non para homologação de sua inscrição. A realizadora acrescentou ainda que o concurso público de Castelo do Piauí cumpriu com todos os trâmites legais e defendeu que em nenhum momento teve seu edital contestado, seja por candidatos ou pela Justiça. "Desde a publicação do edital, inscrição, homologação, aplicação da prova objetiva, publicação do gabarito preliminar, recurso ao gabarito, resposta e publicação do gabarito definitivo, divulgação do resultado da preliminar, tudo foi feito dentro do programado e respeitando o direito do contraditório", garante a nota. O instituto também afirmou que, em observação à relação de classificados na prova objetiva e aptos a concorrer à 2ª Etapa (Prova de Análise Curricular), sobraram muitas vagas. "O que mais uma vez comprova a seriedade e a determinação de fazer uma seleção com base na meritocracia", afirmou a empresa. Com informações do Portal Cidade Verde.