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Policial civil é preso por militares quando fazia intimações por determinação de delegada |
Uma confusão envolvendo um policial civil e policiais militares quase acaba em confronto numa blitz na Região da Santa Maria da Codipi, na Zona Norte de Teresina-PI, na tarde de ontem (28 de abril de 2015). O bate-boca chamou atenção porque envolvia somente policiais. Durante o simples desentendimento, os militares apontaram armas para o agente que estava fazendo intimações por determinação da delegada Betânia, tomaram a sua arma e de forma humilhante, o levaram preso na viatura da PM.
Tudo começou quando o policial civil João Carlos de Lacerda Castelo Branco, lotado na Delegacia de Segurança e Proteção ao Menor, estava se deslocando para fazer intimações na Vila das Torres, na Região da Santa Maria da Codipi. Antes de chegar ao local, o policial civil João Carlos que estava com um Celta descaracterizado, pertencente à Delegacia do Menor, sem placa, foi parado na blitz. Celta que o agente João Carlos usava para fazer as intimações Segundo o policial civil João Carlos, ele se identificou para a equipe de militares, e estes o perseguiram pela segunda vez, quando acabaram lhe prendendo dizendo que haviam sido desacatados. O agente João Carlos garante que em nenhum momento desacatou os PMs, apenas disse que estava trabalhando e eles não gostaram e o perseguiram com várias outras viaturas e lhe prenderam. O advogado do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Piauí (Sinpolpi), Kléber Mendes, caracterizou o caso como abuso de poder e disse que irá acionar judicialmente os PMs. De acordo com o advogado Kleber Mendes, o agente João Carlos estava à serviço da Delegacia e embora o veículo estivesse descaracterizado e sem placa, pertence à Delegacia. "Por volta das 14h30min de ontem, o policial João Carlos foi abordado por duas viaturas da Força Tática da Polícia Militar. João Carlos foi agredido e os ânimos se exaltaram quando ele se identificou como policial e mostrou sua arma. Agente Aquiles acompanhou o caso dando apoio ao colega João Carlos Com a situação, o agente acabou descendo do carro com a mão na arma e nem conseguiu se identificar. os PMs questionaram e o agrediram. Bateram a porta do carro contra ele", conta o advogado Kleber. Kleber Mendes disse também que mais duas viaturas chegaram ao local e cerca de 15 policiais participaram da prisão de João Carlos. Ele foi conduzido à Corregedoria da Polícia Militar, para aonde não deveria ter sido levado e em seguida para à Central de Flagrantes, onde foi ouvido pelo delegado Júlio César e depois submetido a exames de embriaguez e de lesão corporal no Instituto Médico Legal de Teresina e em seguida liberado. Agora, o Sindicato informa que vai acionar judicialmente os policiais militares envolvidos.Advogado Kleber Mendes acompanhou o agente João Carlos, na Central de Flagrantes O presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, caracteriza como abuso de poder e a responsabilidade do veículo estar sem placa é da Secretaria de Segurança. “Mesmo o veículo sem placa não justifica a postura da PM e nem conduzir o policial a Central de Flagrantes”, disse Constantino Júnior. O comando Geral da PM informou que não vai se pronunciar sobre o assunto até que as devidas investigações sejam concluídas. O comando reforça ainda a parceria existente entre a Polícia Militar e Civil do Piauí. O policial civil João Carlos vai ingressar com ação criminal e de danos morais contra o Estado do Piauí. Na manhã desta quarta-feira (29 de abril de 2015), o agente João Carlos que indignado chorou quando estava na Central de Flagrantes, relatou que estava fazendo intimações assinadas pela delegada Betânia dos Prazeres que investiga assassinatos, quando foi abordado duas vezes, perseguido e preso pelos PMs lotados no 13º BPM. Agente João Carlos O agente conta que os militares apreenderam a pistola ponta 40 da Secretaria de Segurança que estava em seu poder, tomaram a sua carteira funcional e o seu telefone celular quando ele (agente) estava falando com o Gerente de Polícia Metropolitana, delegado Luccy Keiko e ai então, ficou por vários minutos sem contato telefônico com os seus familiares, com o diretor do GPM e a Delegacia do Menor, onde ele está lotado. O policial civil João Carlos afirma que os PMs colocaram ele na viatura da PM e um deles foi conduzindo o Celta da Delegacia do Menor Infrator até à Corregedoria da Polícia Militar e em seguida para a Central de Flagrantes. O agente Aquiles Fernandes e o chefe de cartório da DSPM, Jorge, acompanharam o caso de perto logo após o agente João Carlos fazer uma ligação telefônica para a delegacia, afirmando que haveria sido preso pelos militares. Gerente do GPM, delegado Luccy Keiko acompanhou o caso na Central de Flagrantes O Gerente de Polícia Metropolitana, Luccy Keiko e o Coordenador das Delegacias Especializadas de Teresina, delegado Jetan Pinheiro foram para a Central de Flagrantes, acompanhar o caso. Após conversar com o agente João Carlos e os militares envolvidos na confusão, os diretores Luccy Keiko e Jetan Pinheiro determinaram que o delegado Júlio César apenas ouvisse as partes e encaminhasse o caso para o Delegado Geral da Polícia Civil do Piauí, Ridel Batista que vai designar um delegado especial para apurar o caso. A delegada Betânia dos Prazeres, que está respondendo pela Delegacia do Menor Infrator, também esteve acompanhado o caso na Central de Flagrantes. Com informações do advogado Kleber Mendes e do agente João Carlos.
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Última atualização ( Qui, 30 de Abril de 2015 08:08 ) |
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