|
||||
Governo do Rio de Janeiro paga indenização aos pais do menino piauiense Eduardo |
O Governo do Estado do Rio de Janeiro depositou os valores referentes às indenizações por danos materiais e morais aos pais do garoto piauiense Eduardo de Jesus Ferreira, morto no Complexo do Alemão, no dia 2 de abril deste ano, durante operação policial. Por determinação do governador Luiz Fernando Pezão, o processo correu em rito sumaríssimo. Os recursos já estão disponíveis desde a última sexta-feira (12 de junho de 2015), nas contas bancárias individuais da mãe, Terezinha Maria de Jesus, e do pai José Maria Ferreira de Souza. Além das indenizações, o acordo ainda prevê o pagamento de pensões mensais aos pais, a contar de 17 de setembro de 2018, quando o menino completaria 14 anos de idade, até 17 de setembro de 2069, data em que o jovem faria 65 anos de idade. A fim de preservar a família, os valores pagos não podem ser divulgados, segundo o acordo firmado entre os pais e o Estado. - Sei que nada vai reparar a perda e aliviar a dor e o sofrimento dos pais do menino Eduardo, mas a indenização é o mínimo que o Estado pode fazer para ajudar a família a reconstruir suas vidas – disse o governador.
O governo do estado também arcou com as despesas do traslado e sepultamento do corpo do menino Eduardo de Jesus no Piauí, e também a viagem dos pais aquele estado. Além disso, técnicos da Secretaria estadual de Assistência Social estão prestando assistência e amparo psicológico à família do menino. O crime Eduardo de Jesus Ferreira foi baleado na porta de sua casa e morreu na hora no fim da tarde do dia 2 de abril. Terezinha, a mãe do menino, diz ter certeza de que um policial fez o disparo. Os policiais que participaram da operação que culminou com a morte do menino foram afastados das ruas. Segundo o laudo da perícia, a criança foi atingida por uma bala de “alta energia cinética”, possivelmente disparada de um fuzil. Na ocasião, policiais militares tinham sido atacados por suspeitos e estavam revidando a agressão numa área de mata, conhecida como Areal. Nesta terça, 14 de abril, dois PMs que admitiram que deram tiros perto do local onde ele morreu prestaram depoimento. Segundo o advogado Rafael Abreu Calheiros, os PMs reiteraram que atiraram porque foram atacados. "Aonde eles estavam é chamado 'quadrado do tráfico'. Já teve um policial que foi morto lá", disse o defensor, enfatizando que "numa agressão, houve uma justa reação". |
Última atualização ( Sáb, 13 de Junho de 2015 11:44 ) |