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Comissão do Senado aprova o nome do piauiense Norberto Campelo para vaga no CNJ |
O advogado piauiense José Norberto Lopes Campelo e a juíza federal Daldice Maria Santana de Almeida tiveram seus nomes aprovados nesta quarta-feira (1º de junho de 2015) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, para as vagas de Conselheiro Nacional de Justiça (CNJ). Para que sejam aceitos, os dois ainda precisam ser aprovados em votação no Plenário do Senado. É o primeiro piauiense a ocupar o cargo, que vai trabalhar na fiscalização e planejamento do Judiciário no País. Norberto Campelo foi indicado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Conselheiro federal e ex-presidente da seccional piauiense da entidade, o advogado é teresinense e tem 49 anos. Já Daldice Maria Santana de Almeida é baiana e foi indicada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Dos 24 senadores que votaram na CCJ, 23 votaram favoráveis ao nome de Norberto Campelo e apenas um contra. Já Daldice Almeida recebeu 22 votos favoráveis. Após a divulgação do resultado, foi pedida urgência para que o resultado seja encaminhado para a mesa diretora e colocado em votação no plenário do Senado. Antes da votação, o nome de Norberto Campelo chegou a sofrer um pedido de impugnação, movido pelo também advogado piauiense Gerson Gonçalves Veloso. O relator da indicação, senador Benedito de Lira (PP-AL), avaliou que o pedido de impugnação não deveria prosperar. Os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Elmano Férrer (PTB-P) prestigiaram o discurso inicial de Norberto Campelo. Também estiveram na CCJ parentes e amigos do advogado. Sabatina Norberto Campelo falou da família humilde e de como seus pais priorizaram a educação dos cinco filhos. Ele se descreveu como "um simples advogado do estado do Piauí, mas que tem procurado ao longo da vida ser útil à sociedade na atividade que exerce." O advogado recordou seu discurso de posse na OAB Piauí e disse que caso seja escolhido para o CNJ sua comemoração será no fim do mandato, pois seu sentimento é de que as vitórias só podem ser medidas na saída. O candidato a vaga no CNJ defendeu a importância da instituição, considerada por ele um "divisor de águas na Justiça Brasileira". Norberto Campelo acredita que os próprios magistrados já passam a ver no Conselho uma instituição que ajudará o Brasil a ter a Justiça que a sociedade espera.Advogado piauiense Norberto Campelo Durante a sabatina, Norberto Campelo também defendeu que a proposta do Senado em relação a maioridade penal é a melhor para o momento vivido no Brasil. "A situação é muito grave, mas penso que esta casa tem todas as condições, pelas experiências de vida de vossas excelências, certamente aprovarão uma nova regra que possa minorar o problema, porque a solução não reside na lei", declarou o advogado, que defende o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente e a realização de ações que oportunizem dignidade para os jovens, evitando que estes sejam cooptados pelo crime. Sobre delação premiada, Norberto Campelo afirmou que a ferramenta é importante pasra investigações, mas aumenta a responsabilidade do juiz que a usa. "Ela não pode ser usada de qualquer forma. É preciso que ela seja utilizada pelo limite estabelecido, conforme a lei aprovada." Ao defender que a morosidade da Justiça deve ser tratada em várias frentes, como a mediação e a arbitragem para a solução de conflitos, Norberto Campelo citou o Judiciário do Piauí para lembrar do funcionamento do em apenas um turno. "No meu estado, o poder judiciário só funciona em um expediente e nós entendemos que esse é um dos fatores que traz essa morosidade", afirmou.Com informações da Agência Senado e do CNJ.
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Última atualização ( Qua, 01 de Julho de 2015 15:18 ) |