Um dos diretores do River Atlético Clube do Piauí, Francisco Batista Portela Uchôa, de 53 anos, registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Proteção aos Direitos Humanos e Repressão as Condutas Discriminatórias contra dois policiais que teriam lhe agredido com socos e pontapés no Estádio Albertão, em Teresina-PI.

A vítima está acusando os PMs de abuso de autoridade e disse que passou por fortes agressões durante cerca de 15 minutos, flagradas por várias testemunhas. O diretor contou ao delegado Emir Maia que no dia 31 de maio, na final do campeonato entre River e Flamengo, teve uma discussão com o policial, que chegou a lhe agredir fisicamente. "Após o jogo, queria comemorar com o time.

Francisco Uchôa chorou quando denunciado o caso ao delegado Emir Maia

Ao buscar uma entrada no Albertão, o policial iniciou as agressões com socos e pontapés e chegou a roubar uma pulseira de ouro, chegando a me dizer: 'nem o papa te salva, tu vai apanhar'", afirmou. Ele relatou ainda ao delegado Emir que chegou a deitar no chão, abrir os braços e que o policial continuou os chutes.

Diretor do River, Francisco Uchôa quando denunciava as agressões sofridas ao delegado Emir Maia

Ele chegou a tentar registrar um Boletim de Ocorrência no 13º Distrito Policial, na Vila da Paz, próximo ao Estádio Albertão, mas não conseguiu, por isso procurou a Delegacia de Proteção ao Direitos Humanos e Repressão as Condutas Discriminatórias.

Uchôa mostra as marcas da violência

Segundo o delegado Emir, a prática caracteriza abuso de autoridade e será investigada também a subtração do colar de ouro da vítima. Muito abalado, Francisco Uchôa chegou a chorar ao falar com o delegado. "Tenho 53 anos e nunca passei por uma situação dessa. Ele saiu me arrastando, fiquei com o rosto no chão e pensei que ele fosse me matar. Estou bastante abalado, passei uma semana trancado, mas quero justiça", completou a vítima.

Uchôa mostra ao delegado Emir como ficou o seu pescoço após sofre as agressões

O diretor do River também denunciou os policiais a Corregedoria da Polícia Militar. O delegado Emir Maia, instaurou inquérito policial e vai convocar os dois policiais para prestar depoimento. Entre as testemunhas está o major John Feitosa, que é comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar. Com informações do Portal Cidade Verde.