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Ex-coronel Correia Lima é condenado a 25 anos pelo assassinato do engenheiro Castelinho |
O ex-coronel da Polícia Militar do Piauí, José Viriato Correia Lima; o soldado-PM Francisco Moreira do Nascimento (aposentado) e a professora aposentada Ana Zélia Correia Lima Castelo Branco foram condenados pelo assassinato do engenheiro José Ferreira Castelo Branco, conhecido como Castelinho, crime ocorrido no ano de 1999. O julgamento começou ontem (24) e durou mais de 20 horas. A sentença foi proferida por volta das 6h45min desta sexta-feira (25 de setembro de 2015). A professora Zélia Correia Lima Castelo Branco que era esposa do engenheiro Castelinho foi condenada a sete anos e meio em regime semiaberto. Já o ex-coronel Correia Lima foi imputada a pena de 25 anos de reclusão em regime fechado. Correia Lima e Zélia foram apontados como mandantes e autores intelectuais do assassinato do engenheiro.
Imagens:Portal O Dia Soldado Moreira, ex-coronel Correia Lima e a professora Zélia Correia Lima, quando estavam sentados no banco dos réus A pena do soldado Francisco Moreira do Nascimento, que teria sido o atirador foi de 23 anos. "Apesar da exaustão, estamos com a satisfação de dever cumprido. A sentença atendeu os reclames da sociedade e do Ministério Público e acredito que o soberano veredicto do Tribunal Popular do Júri foi conforme o esperado pelo MPE", disse o promotor de justiça, Régis Marinho, que atuou no julgamento. Promotor Régis Marinho que atuou no julgamento A sentença dada aos réus cabe recurso e a defesa dos envolvidos irá recorrer da decisão. Os advogados questionam a falta de provas. Por outro lado o Ministério Público sustenta sua tese em provas testemunhais, inclusive, de que o soldado Moreira teria feito campana no local em que ocorreu o assassinato e que a viúva Zélia Correia Lima teria planejado o homicídio do marido por ciúmes, temendo um possível divórcio. "O veredicto do Conselho de Sentença não foi contrário as provas dos autos. Réus Moreira, Correia Lima e Zélia Correia Lima O MPE vai se manifestar e contrarrazoar os recursos apresentados pela defesa dos três sentenciados. É um direito constitucional deles recorrer. Até que transite em julgado a condenação vão poder recorrer em liberdade", reitera Régis Marinho. Soldado Moreira Até o julgamento dos recursos dos três réus, apenas Correia Lima permanecerá preso, uma vez que ele já responde por outros atos criminosos e seria o responsável por chefiar o crime organizado no Piauí. Professora Zélia Correia Lima O julgamento foi presidido pelo juiz Fabrício Paulo Novaes. Relembre o caso Castelinho
A acusação do Ministério Público se baseia em testemunhas que teriam visto o então soldado Moreira montando campana na rua onde Castelinho foi morto, na Zona Leste de Teresina-PI, quando estava fazendo caminhada. "Eu não matei esse engenheiro. Isso foi criado pela comissão de delegados. Eu morava no Bairro Pedra Mole e todos os dias seguia pela Avenida Presidente Kennedy e nunca fiz campana em casa de ninguém. Eu peguei 10 anos de cadeia desse engenheiro. Só se eu tivesse bola de cristal para adivinhar que ele fazia caminhada de manhã naquela rua", respondeu o soldado Moreira ao ser indagado. O juiz Fabrício Paulo Novaes, por entender que a quantidade de réus poderia prejudicar a defesa, concedeu mais uma hora para o debate das defesas e mais uma hora para a acusação, feita pelo Ministério Público. Réus que foram condenados no caso Castelinho Dessa forma, a argumentação da defesa para cada réu foi de 1 hora e 10 minutos. No total, os debates duraram 7 horas. A réplica e a tréplica, para esclarecimentos, teve duração total de duas horas cada. O promotor de justiça Régis Marinho conseguiu convencer aos jurados sobre a autoria do crime de Castelinho, e assim conseguiu a condenação dos três réus. "Eles negam, mas nós temos provas cabais do envolvimento de todos na morte dessa vítima. E vamos pedir a pena máxima", declarou Régis, quando pedia a condenação dos réus. O advogado Wendel Oliveira atuou na defesa do ex-coronel Correia Lima e do soldado Moreira. O advogado Jurandir Porto atuou na defesa da professora Ana Zélia Correia Lima.Com informações do Portal Cidade Verde. |
Última atualização ( Sex, 25 de Setembro de 2015 09:34 ) |