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Mulher morre em maternidade do Piauí após passar três dias com bebê morto na barriga |
A dona de casa Sheila Veras Cunha, 33 anos, morreu na última quinta-feira (10 de dezembro de 2015), às 19h30min, na Maternidade Dona Evangelina Rosa, na Zona Sul de Teresina-PI, após passar três dias à espera da retirada de um bebê morto em sua barriga, já com nove meses de gestação. As informações são da família da vítima que mora no Bairro Mafrense, n Zona Norte de Teresina. De acordo com o marido de Sheila, Jean Alves, sua esposa estava em uma consulta às 10h40min da segunda-feira (7 de dezembro), quando foi informada pelo médico que o coração do bebê não estava batendo e que ela seria internada porque estava com a pressão alta 16 por 8. “Eles começaram a medicá-la de seis em seis horas para que ela tivesse o bebê normal, essa medicação foi aplicada até terça-feira (8 de dezembro), quando decidiram marcar uma cirurgia para quarta-feira às 7h30min da noite, mas a cirurgia não foi feita pela equipe e colocaram um medicamento mais forte para ser normal. Outra equipe na quinta-feira (10 de dezembro) de manhã fez a cirurgia. O médico disse que não tinha acompanhado o caso, mas que o quadro era muito delicado porque a Sheila já estava em choque e teriam que retirar o útero. Quando foi à noite ela veio a óbito”, disse o marido que afirmou que o bebê foi retirado com mal cheiro e necrosado. Ao questionarem o motivo da causa da morte, a maternidade alegou para a família que o apêndice teria estourado e provocado uma infecção generalizada. Momento que a família velava o corpo da dona de casa Sheila Veras A irmã da dona de casa, Keila Veras, disse que ainda na terça-feira quando percebeu que sua irmã não teria o bebê de parto normal e estava com muitas dores por todo o corpo, começou percorrer toda a maternidade em busca de socorro e ouviu de uma das funcionárias que a situação era normal. “Minha irmã não teve um acompanhamento médico que evitasse essa tragédia. Se tivessem tirado o bebê assim que ela chegou, não estaríamos vivendo isso”, disse a irmã. O parto do menino, que iria se chamar Pedro Isaac, estava previsto para o dia 20 de dezembro. Sheila tinha um filho de 13 anos. Os parentes estão muito abalados e ainda em choque com a morte de Sheila e ainda não pensaram no que pode ser feito. O velório da mãe acontece na residência da família. Maternidade explica o caso O diretor-geral da Maternidade Evangelina Rosa, José Araújo Brito, afirmou que será aberto um processo administrativo para investigar o caso. "Se houve negligência, vai ser apurada através da sindicância que a gente está instalando. Culpar a equipe de saúde que está dando atendimento a um paciente é muito fácil. Agora ver nos autos do prontuário das condutas adotadas se houve negligência é outro fato", declarou. De acordo com o médico, o caso da paciente era grave. "Foi visto durante o ato cirúrgico uma apendicite supurada (apêndice já rompido) e ela já foi internada com o feto morto. Os dois podem ter sido a causa da morte." Além disso, o útero da mãe estava necrosado. O diretor da maternidade disse ainda que todos os procedimentos adotados foram padrões em casos como esse. "O protocolo normal é induzir ao parto quando se trata de casos com o feto morto, justamente para evitar infecção. Isso foi tentado durante 48 horas e não houve resposta. Tudo indica que já em função de uma infecção, que não deu sinais clínicos", completou o doutor José Araújo Brito. Com informações do Portal Cidade Verde. |
Última atualização ( Sáb, 12 de Dezembro de 2015 01:42 ) |
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