|
||||
Irmãos são indiciados por divulgarem cruz nazista e ideologia homofóbica |
Segundo o delegado Emir Maia, da Delegacia de Proteção aos Direitos Humanos e Repressão às Condutas Discriminatórias em Teresina, que investiga o caso, não há a confirmação de que os dois irmãos sejam os criadores ou mesmo façam parte do suposto grupo. Por isso, eles foram indiciados apenas por veiculação de mensagens preconceituosas e por divulgar a cruz suástica do Brasil, que é crime. O caso chegou até a polícia através de Marinalva Santana, fundadora e coordenadora do Grupo Matizes, entidade que defende o movimento LGBT no Piauí. Segundo o delegado, ela apresentou queixa por ter sido ameaçada pela 'Irmandade Homofóbica'. Imagem do bilhete enviado para a coordeadora do Grupo Matizes (Foto: Divulgação/Polícia Cvil)
A polícia instaurou inquérito para apurar a denúncia e chegou até os dois através da quebra de sigilo de informações da conta no Facebook. "Essa 'irmandade homofóbica' foi veiculada em um perfil na internet, só que essa página foi apagada logo depois, o que acabou prejudicando as investigações. Ocorre que no Piauí, essa mesma mensagem foi republicada. Solicitamos a quebra de sigilo de dados do Facebook e chegamos até o IP da máquina, em Teresina, na casa dos dois irmãs", contou. Os dois irmãos foram ouvidos pela polícia, mas um culpou o outro e esquivaram-se da responsabilidade da autoria da publicação. O caso já foi concluído e deve ser encaminhado à justiça ainda nesta semana. Os irmãos foram ouvidos pela segunda vez na semana passada e continuaram negando a autoria da publicação. Ainda de acordo com o delegado, veicular conteúdos de ódio e discriminação em razão da população homossexual bem como divulgar a cruz do nazismo é crime. Emir Maia ainda falou que investiga outros grupos no Estado. "Aqui no Piauí tem jovens radicais que atuam nessas práticas, se identificam com essa ideologia nazista. Durante as investigações sobre esse caso, chegou-se também ao conhecimento da Polícia de que alguns desses jovens se encontravam em uma local. A polícia está atenta a isso e vai fazer um monitoramento, para coibir esses encontros e evitar que pessoas com essa conduta difundem ideologias racistas e discriminatórias no Estado", contou. Com informações do G1/Piauí. |