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Detentos simulam doença para buscarem encomenda no hospital da Zona Sul de Teresina |
Por volta das 21h30min, os presos do pavilhão B começaram a sacudir e bater nas grades das celas chamando a atenção dos agentes para dois deles que estavam passando mal e precisavam de ajuda médica. Ao serem levados para o hospital, o José Aidan e o José Deurico Monteiros passaram pelo atendimento e retornaram ao presídio. “Geralmente, eles mordem os lábios ou a língua para dizerem que estão vomitando sangue, ou tomam alguma medicação que faz espumar a boca. Os presos foram levados para o hospital e, como são poucos agentes para fazer a escolta, alguém deve ter jogado esse material dentro da viatura quando ela estava estacionada”, informou Kleiton Holanda, vice-presidente do Sinpoljuspi. Apenas dois agentes fizeram o acompanhamento dos dois presos ao hospital. As penitenciárias do Piauí não possuem médicos e nem enfermeiros de plantão. Com isso, os agentes precisam deslocar os detentos com qualquer sintoma de doença para, se for contagiosa, não transmitir aos demais. “Eles planejam tudo antecipadamente com as visitas. Eles arriscam fazer isso mesmo sabendo que há vistoria”, diz o vice-presidente. Os agentes acreditam ainda que os dois presos tenham sido contratados para buscar estes materiais por outro detento de alto poder aquisitivo. Em seguida, esse material seria distribuído entre eles, inclusive com detentos de outros pavilhões. A grande quantidade de bateria se justifica pelo fato do acessório ser descartado ao ser usado. “Eles não tem como carregar essas baterias, então eles usam e depois jogam foram. Por isso, eles precisam do material e tentam consegui-los com as visitas”, explicou Kleiton Holanda. José Aidan e o José Deurico Monteiro ficarão 10 dias na cela de isolamento para investigações. Após o inquérito disciplinar interno, eles podem perder o direito de banho de sol e de receber visitas por 30 dias. Com informações do Portal O Dia.
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