A imprensa nacional já dá como certa a ruptura do PMDB com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O site da UOL publicou na manhã desta terça-feira (29) que em um raro momento de união partidária na história do partido, o PMDB vai sair do governo e entregar sete ministérios, além de 600 outros cargos ocupados na máquina pública federal.
A decisão, que deve ser tomada por aclamação em convenção partidária às 15h de hoje, teria como objetivo fortalecer o vice-presidente Michel Temer, que seria o beneficiário direto caso a presidente Dilma seja afastada por impeachment. O PMDB é o maior partido da Câmara de Deputados e do Senado Federal. Com a ruptura, o isolamento da presidente fica mais evidente, às vésperas da votação do pedido de abertura de processo de afastamento dela pelos deputados federais.

Lula tentou evitar No último dominto (27), o ex-presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silva teria tentado, em vão, convencer o presidente do PMDB a não comandar o afastamento do partido em relação ao governo, mas, na reunião, o vice teria deixado claro que o partido trabalhará pelo impeachment. Um dia depois, uma reunião em que o vice e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), fecharam acordo do "desembarque" do partido, o ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves antecipou-se à decisão da convenção e pediu exoneração do cargo.
Quem deixa o cargo
Outros seis ministros terão até o dia 12 de abril para deixar os postos. São eles: - Marcelo Castro (Saúde) - Celson Pansera (Ciência e Tecnologia) - Eduardo Braga (Minas e Energia) - Mauro Lopes (Secretaria da Aviação Civil) - Kátia Abreu (Agricultura) - Hélder Barbalho (Secretaria de Portos)
Segundo o UOL, nos bastidores, Marcelo Castro e Eduardo Braga foram os mais resistentes a entregar os cargos e Kátia Abreu ameaça até deixar a legenda.
Retorno ao Diretório
Numa estratégia de fortalecer a permanência do PMDB no governo, Marcelo Castro retornou ao Diretório Estadual do partido no Piauí. O piauiense trabalha contra o impeachment. O vice-presidente do PMDB no Estado, ex-ministro João Henrique é a favor do afastamento. Marcelo tem dois votos na convenção de hoje e João Henrique um voto. O peso maior é o Diretório do Rio de Janeiro que já aprovou pelo desembarque do governo. Com informações do site da Uol.
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