Agentes penitenciários encontraram um túnel de cerca de 10 metros na cela 12 do pavilhão G da Casa de Custódia de Teresina-PI, nesta segunda-feira (23). A existência do buraco foi confirmada pelo do Sindicado dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi).

Esse foi o segundo túnel encontrado em menos de 24 horas. Neste domingo (22) pelo menos 30 detentos tentaram fugir da Casa de Custódia. Eles cavaram um túnel de aproximadamente 30 metros e já estavam prontos para empreender fuga quando os agentes perceberam uma vibração no solo durante a ronda periódica realizada nos entornos da unidade prisional. Mais de cinco tentativas de fuga já foram registradas esse ano no presídio

De acordo com Kleiton Holanda, vice-presidente do Sinpoljuspi, no pavilhão estão cerca de 150 presos de alta periculosidade e o problema pode ter sido causado pela superlotação do presídio e da falta de estrutura.

Túnel foi encontrado por agentes penitenciário túnel, (Foto: Sipoljuspi/Divulgação)

“Esse túnel estava com cerca de 10 metros e os presos estavam praticamente fora do pavilhão. A unidade prisional já passou por várias rebeliões e a estrutura ficou completamente comprometida. É um local que já vem sofrendo desgastes e os presos encontram uma certa facilidade para escavar”, disse.

Ainda segundo o sindicalista, a qualquer momento pode ocorrer uma fuga em massa no presídio. “Atualmente a Casa de Custódia de Teresina tem cerca de 970 detentos, mas possui capacidade para apenas 330, ou seja, está com mais que o triplo de sua capacidade. Recentemente houve uma rebelião e o presídio ficou com a estrutura bastante abalada.”, revelou Kleiton.

Nota da Sejus

Segundo a Diretoria de Inteligência e Proteção Externa da Secretaria de Estado da Justiça do Piauí (Dipe) somente em 2016, mais de 60 tentativas de fuga foram evitadas nos presídios do Estado. As últimas ocorreram no final de semana, uma na Unidade de Apoio Prisional, em Altos, uma na Penitenciária Mista de Parnaíba, e outra na Casa de Custódia de Teresina.

Nos três casos, de acordo com a Dipe, vistorias preventivas conseguiram identificar as tentativas de evasão. "Nossa função é manter o preso custodiado e, apesar do elevado número de pessoas privadas de liberdade nos presídios, temos conseguido evitar maiores transtornos", afirmou o tenente-coronel Luís Antônio Pitombeira, diretor da Dipe.

A secretaria destacou ainda, a construção de uma nova penitenciária em Campo Maior, que terá capacidade de 140 vagas, além da construção da Cadeia Pública de Altos, obra que deve ser iniciada no próximo semestre e abrirá 600 novas vagas no sistema prisional do Estado, ajudando a minimizar o problema da superlotação. Com informações do G1.