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Presidente da AJUFE em audiência com Ministro cita ameaça feita pelo prefeito cassado Robert Freitas ao juiz Marcelo Cavalcante |
Robert Freitas teve o mandato eletivo cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piaui, por corrupção eleitoral, nas eleições de 2008, no dia 9 de setembro de 2009, sendo que no dia 10, em um comício em José de Freitas-PI, ele disse que agora iria começar a arrombar, a começar pelo juiz federal Marcelo Carvalho Cavalcante de Oliveira, que foi o relator do seu processo de cassação no TRE. O Portal GP1, com exclusividade, publicou a matéria e o áudio das palavras ditas pelo prefeito cassado Robert Freitas. Os juízes do TRE ouviram o áudio e o Procurador Regional Eleitoral do Piauí, Marco Aurélio Adão mandou a Polícia Federal apurar o caso. O Presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil, Gabriel Wedy, durante a audiência com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo declarou que os casos de violência e ameaças de morte contra juízes federais estão aumentando no País. “A situação é critica, pois, não há segurança suficiente para os magistrados que julguem crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e evasão de divisas”, relatou Gabriel na reportagem publica pelo Jornal do Brasil. A matéria do Jornal do Brasil diz que magistrados federais de Estados como São Paulo, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Sergipe e Piauí já receberam ameaças. Wedy relatou que, no ano passado, em apenas dez dias, foram três atentados a tiros contra juízes, como o que ocorreu na Bahia, com o juiz federal Marcio Mafra, e com o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Sergipe, desembargador Luiz Antônio Araújo Mendonça. Em Mogi das Cruzes (SP), um homem disparou três tiros em direção à sala do oficial de Justiça do Juizado Especial Federal. Em outro caso, o juiz federal Marcelo Carvalho Cavalcante de Oliveira, do Piauí, foi ameaçado de morte pelo prefeito cassado do Município de José de Freitas, Robert de Almendra Freitas, durante um comício. Segundo levantamento da Ajufe, o Brasil tem cerca de 2 mil juízes federais. De acordo com Wedy, é muito difícil descobrir os planos dos criminosos e, conseqüentemente, evitar o assassinato de magistrados no País. “O crime hoje se aperfeiçoou muito. O crime organizado tem dinheiro no exterior, tem serviço de inteligência, o armamento é mais pesado que o da polícia.” Para reverter essa situação, o presidente da Ajufe aposta na aprovação do projeto de lei que permite o julgamento colegiado de crimes graves, ou seja, seis juízes julgariam e assinariam a sentença juntos. “O projeto de lei já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e está para ser votado em plenário. Isso deve acabar com essa pessoalização dos crimes (graves) e garantir a integridade física dos magistrados.” Outro ponto discutido entre a Ajufe e o governo é a criação da Polícia Judiciária. Segundo Gabriel Wedy, a polícia seria vinculada ao Poder Judiciário e não prejudicaria o trabalho da Polícia Federal. “Precisamos cada vez mais de segurança nos prédios da Justiça e de segurança para esses magistrados que julgam causas de grande repercussão. Não é só a segurança do juiz, é a segurança também da parte. Aquela pessoa que freqüenta o foro e pode ser vítima de um atentado”. Mesmo que a associação preste assistência aos magistrados e suas famílias, Gabriel Wedy reclama do apoio governamental. “Faltam mais garantias para atender a essas pessoas. O magistrado criminal não recebe sequer um adicional de periculosidade ou seguro em caso de morte, como os policiais. Inclusive, se questiona muito as pensões que são deixadas aos cônjuges e filhos. É uma garantia que o Estado precisa conceder aos juízes federais.”Na última segunda-feira (7 de fevereiro de 2011), Gabriel Wedy reuniu-se com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e o Diretor Geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, para pedir proteção aos juízes federais de todo o País, e principalmente, para os juízes de Mato Grosso do Sul ameaçados de morte pelo bombeiro Ales Marques, preso por tráfico internacional de drogas e de armas. Gabriel Wedy também solicitou a transferência do Bombeiro Militar, que está no Presídio Militar de Campo Grande, para uma penitenciária federal de segurança máxima. O Ministro da Justiça determinou que a Polícia Federal investigue o caso. Imagens:Google.com Prefeito cassado Robert de Almendra Freitas Juiz federal Marcelo Carvalho Cavalcante de Oliveira, está atuando no TRE-PI Presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil, Gabriel Wedy se reuniu com o ministro da Justiça e pediu segurança para magistrados |
Última atualização ( Qua, 09 de Fevereiro de 2011 22:29 ) |