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Namorada de cabo do Bope sabia de sua morte e foi presa como co-autora do crime |
A diretora do Hospital Areolino de Abreu, Maria Ocionira Barbosa, de 45 anos, que era namorada do cabo-PM do Bope, Claudemir de Paula Sousa, 33 anos, assassinado a tiros na semana passada, em Teresina-PI, foi apontada pela Polícia Civil como co-autora do crime. De acordo com o presidente do inquérito, delegado Gustavo Jung, do Greco, Maria Ocionira mantinha relacionamento amoroso simultâneo com a vítima, o cabo do Bope, Claudemir de Paula Sousa e com o suspeito de ser o mandante do crime, o funcionário da Infraero, Leonardo Ferreira Lima. Ocionira foi presa Foi presa da tarde desta sexta-feira (16 de dezembro de 2016) a diretora do Hospital Areolino de Abreu, Maria Ocionira Barbosa. O delegado Gustavo Jung confirmou a informação. "Ela estava trabalhando normalmente no hospital e acompanhando a coletiva de imprensa pela TV. Por isso eu falei que não havia sido feito o pedido de prisão, para que ela não fugisse", explicou o delegado. A prisão é preventiva. "Achamos necessário diante de todas as evidências do inquérito", disse o delegado Jung. A acusada deverá ser levada para uma cela na Penitenciária Feminina. Maria Ocionira e Leonardo compraram passagens aéreas um dia antes do crime, no dia 05 de dezembro deste ano de 2016, para passarem o ano novo juntos no Rio Grande do Norte. Para a Polícia Civil, o crime está elucidado e teria motivações tanto afetivas como profissionais. “Tem a questão passional e questão da atividade ilícita realizada por Leonardo. Existe uma relação entre as duas coisas. Há uma interligação em toda a trama e o cabo-PM Claudemir foi vítima disso tudo”, declarou o delegado geral, Riedel Batista. Na casa de Leonardo foram encontrados documentos que indicam fraude em aposentadorias praticadas por Maria Ocionira, questões que serão investigadas pela Polícia Federal. Além de passar o ano novo juntos, a coautora e o mandante tinham comprado passagens áreas para irem à Amsterdam na Holanda para viagem no mês de janeiro. Veja ai Ocionira e o cabo Claudemir que planejavam se casar em 2017 O delegado Gustavo Jung, do GRECO, deu detalhes do inquérito que apura a morte do policial do BOPE, Claudemir de Paula Sousa, 33 anos, e confirmou que a mulher tida como pivô de seu assassinato, Maria Ocionira, foi indiciada como coautora intelectual do crime junto com Leonardo Ferreira Lima. A motivação do crime ainda não ficou muito bem esclarecida pela polícia, mas o que o delegado Jung adiantou foi que Ocionira mantinha um relacionamento com Claudemir desde 2013 e, quando o policial retornou de Brasília-DF, eles estavam planejando se casar. Segundo o delegado Jung, a prova de que o relacionamento de Claudemir e Ocionira era sério, é que uma hora antes do crime, ela chegou a enviar fotos para a família de um apartamento que eles iriam comprar juntos.Delegados Jung e Rídel Batista durante coletiva sobre o caso Ocionira e Claudemir já estariam com a data do casamento marcada para fevereiro de 2017, mas a polícia descobriu que, no dia 05, dois dias antes do crime, ela comprou passagens em seu nome e no nome de Leonardo para viajarem para Natal, no Rio Grande do Norte, onde ficariam entre os dias 28 e 01. “Eles já tinham, inclusive, comprado passagens para Amsterdam para o dia 23 de janeiro”, explica o delegado Gustavo Jung. A partir dessas informações, nós concluímos que ela esperava que o casamento não iria acontecer. As informações das compras das passagens foram essenciais para ligá-la ao crime”, diz o delegado. A motivação para Ocionira realmente ter entrado nessa trama, não ficou muito esclarecida. O delegado Jung disse que a volta de Claudemir iria atrapalhar a acusada tanto amorosamente, quanto profissionalmente, porque ela e Leonardo seriam integrantes de uma quadrilha que fraudava o INSS, então ela casando com o Claudemir iria atrapalhar essa relação entre os acusados que, segundo a polícia, a rendia cifras de dinheiro consideráveis.Acusados Leonardo Ferreira e o taxista que teria agenciado o crime “Essa investigação sobre a fraude vai ser encaminhada para a Polícia Federal que vai investigar. Na casa de Leonardo nós encontramos documentos fazendo referência à ‘doutora Acionira’ e informações de montantes devidos a eles. O Leonardo era como se fosse um secretário dela”, afirma o delegado. Além desses documentos, foram encontrados carimbos de sindicatos, de tabelionatos e selos judiciais e de serventias cartorárias. A polícia vai avaliar se esses selos são falsos ou não, mas ressaltou que esse material não poderia estar na casa do Leonardo.Executores do crime Ao ser questionado sobre a atitude de Acionira e apenas terminar o relacionamento com Claudemir não resolveria o impasse sobre sua parceria com Leonardo, o delegado Gustavo Jung não deu maiores informações e afirmou que as investigações continuam e que foi pedida a quebra do sigilo bancário e telefônico. “A Justiça ainda não autorizou e a acreditamos que com esses dados, todas as informações podem ser mais esclarecidas”, finalizou o delegado. O cabo Claudemir foi morto a tiros quando saia de uma academia no bairro Saci, na Zona Sul de Teresina. Com informações do Cidade Verde e O Dia. |
Última atualização ( Sex, 16 de Dezembro de 2016 15:54 ) |