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Após pressão de servidores, votação da PEC de gastos no Piauí é adiada na Alepi |
Após a pressão de sindicalistas, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Regime de Ajuste Fiscal do Estado do Piauí foi retirada de discussão na Assembleia Legislativa do Piauí, nesta terça-feira (20 de dezembro de 2016). A proposta tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Casa e é alvo de muitas críticas dos servidores pelo aumento nas contribuições previdenciárias e também por afetar o orçamento do Estado pelos próximos 10 anos. A mobilização unificou categorias civis e militares contra a proposta do governo que estipula um teto para os gastos do governo nos próximos 10 anos, com revisão prevista no meio do período. A PEC vale tanto para o Executivo, quanto para o Legislativo, o Judiciário, Ministério Público do Piauí (MP-PI) e Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI). São individualizados os limites para as despesas primárias correntes, deduzidas dos gastos com inativos e pensionistas dos órgãos públicos estaduais. “As categorias estão mobilizadas em conjunto porque todos nós somos contra essa PEC da maldade do governo estadual que está se juntando com o governo federal”, disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-PI), Odeni Silva.Servidores fizeram manifestação na Assembleia Legislativa contra PEC (Foto: Carlos Rocha/ G1PI) A principal crítica dos sindicatos é a respeito do aumento da contribuição previdenciária para os servidores. “Os trabalhadores estão unidos contra esta PEC do governo estadual e essa proposta vai criar um problema para todas as categorias a partir de janeiro”, afirmou. Na defesa da PEC, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual João de Deus (PT), ressaltou que tramita na Casa uma proposta que concede reajuste para compensar o aumento da contribuição previdenciária de servidores. “Há uma emenda que garante ao servidor o reajuste, vinculado ao crescimento da receita ou o cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)”, explicou João de Deus. Servidores durante manifestação na Assembleia Legislativa do Piauí contra a PEC do Estado Acompanhando a tramitação das medidas, o secretário de Governo, Merlong Solano, classificou a PEC como necessária para o Estado. “O governador Wellington Dias (PT) quer evitar o pior para o Piauí e isso exige ajustes na despesa e na previdência. A tendência é a situação se agravar se a despesa continuar subindo sem controle como está subindo”, comentou Merlong Solano. De acordo com o secretário, a PEC atrela as despesas ao crescimento da Receita Corrente Líquida do Estado. “Estamos todos no mesmo barco porque lá na frente há dificuldades”, falou. Orçamento é aprovado O Orçamento 2017 tem receita e despesas estimadas em R$ 11 bilhões, um crescimento nominal de 1,02% em relação ao ano anterior. Após a aprovação nas comissões técnicas, o Orçamento segue para o Plenário da Assembleia Legislativa onde vai passar por duas votações. Já a PEC que reduz os gastos do Estado aguarda nova apreciação nas comissões técnicas para, caso seja aprovada, passe a valer a partir de 2017. Com informações do G1/PI. |
Última atualização ( Ter, 20 de Dezembro de 2016 12:52 ) |