O ex-prefeito de Batalha-PI, Amaro Melo, que é irmão do atual prefeito João Messias Freitas Melo (PP) abandonou a postura tranquila que vinha tendo desde a campanha eleitoral e partiu para o ataque contra um vereador governista. Sem citar nome, chamando apenas de Primeiro Ministro, Amaro comentou em um grupo de Whatsapp que o edil já teria empregado várias pessoas de Teresina na prefeitura de Batalha-PI.

Na sua fala, o ex-prefeito Amaro Melo levanta suspeita sobre a indicação do nome de um advogado para comandar a comissão de licitação da prefeitura e favorecer empresas ligadas ao suposto vereador.

Ex-prefeito de Batalha-PI, Amaro Melo

“A voz rouca da rua anda comentando: Que um certo vereador já empregou 04 pessoas de uma mesma família. Que indicou um advogado para licitação e pregoeiro para defender seus interesses. Quais são eles? 1º Merenda escolar; 2º Medicamento; 3º Obras; 4º Limpeza Pública. E mais coisas….”, diz o ex-prefeito.

Amaro comentou sobre a suposta interferência do “Primeiro Ministro” nas nomeações dentro da Secretaria de Saúde. O parlamentar teria barrado a lotação de uma jovem dentista, supostamente filha do vice-prefeito Zé Luiz do Frango (PCdoB). Pede até a presença de Sérgio Moro em Batalha!

“Tá na hora de Sergio Moro chegar por aqui. Dizem que o Primeiro Ministro, tirou uma coordenação de uma dentista filha da terra e trouxe de Teresina uma protegida sua. Muito desprestigio do pai que também tem mandato”, alfinetou.

Na conversa, o ex-prefeito Amaro Melo também faz um alerta aos órgãos fiscalizadores, inclusive ao Ministério Público Estadual. “Atenção ao Sindserm, Conselho do Fundeb, Ordenadores de despesas e MP. Comenta-se que privilégios estão sendo propostos e com possibilidade de atendimento. Há quem diga que funcionários protegidos pretendem receber sem trabalhar, outros propondo redução de carga horária sem prejuízo salarial e outros exercendo outros empregos pretendendo trabalhar com carga horária reduzida”, relata o ex-prefeito.

O nome de Carlos Jaques Pires Carvalho, recém-nomeado para a Controladoria Geral do Município, também é mencionado na conversa do ex-prefeito. “Te cuida Jaques Pires, estão pedindo sua cabeça para trazerem mais um de Teresina”, dispara.

Em determinado momento, Amaro pergunta aos demais membros do grupo “Governo da Reconstrução”: “Elegemos um prefeito ou um vereador para nos comandar?”

O irmão do prefeito ainda cita valores de uma assessoria que teria custado R$ 60 mil reais e que tais valores foram acordados dentro de sua residência: “E a assessoria custou $ 60.000,00. Não esqueçam que tudo aconteceu na minha casa. Fora 58 dias de angustia”, destacou.

E as conversas comprometedoras não param, um integrante do grupo vai mais além e diz que o vereador Augusto César estaria supostamente mandando na prefeitura.

“Laís, pelo o que entendi quem tá mandando ou quer mandar é Augusto César… ele que tá tomando certas decisões ou se envolvendo nas coisas que deveria ficar quieto, deixar por conta do prefeito….. ENTENDI FOI ISSO! QUE ELE BANCOU A CAMPANHA… sei se é isso não, mais é o que estou entendendo… TÁ UM CHAFURDO SÓ…. entendo mais nada…”

Tais denúncias e comentários feitos pelo ex-prefeito Amaro Melo que é irmão do atual prefeito João Messias Melo deixam transparecer que o atual chefe do executivo é apenas uma marionete política de alguém que não recebeu votos para essa função.

Muitos desses comentários vazados na noite da última sexta-feira (20 de janeiro de 2017) e compartilhados em grupos de Whatsapp são fatos gravíssimos, no qual o Ministério Público deve investigar e averiguar a veracidade das informações.

Fonte: Folha de Batalha