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Policial rodoviário preso pela Polícia Federal no Piauí recebia até parte de cargas como propina |
De acordo com o corregedor da PRF, inspetor Francisco das Chagas Lopes Sobrinho, o policial rodoviário Eraldo cobrava propina de motoristas para permitir que veículos irregulares passassem pela barreira policial. O pagamento não se restringia somente a dinheiro. O PRF chegava a receber até parte de cargas transportadas para liberar os condutores. Segundo o corregedor Francisco Sobrinho, as denúncias contra o inspetor Eraldo chegaram à Corregedoria há cerca de 3 meses, quando o PRF começou a ser monitorado. "É procedimento de praxe. Nós começamos a observar a abordagem dele aos condutores e o recebimento de vantagens indevidas ficou comprovado. A maioria das abordagens feitas por ele não resultava em nenhuma medida efetiva, mesmo quando ficava claro haver irregularidades fosse no veículo, fosse na documentação do motorista e outros aspectos. E hoje concluímos esse trabalho com a autuação dele recebendo favorecimento indevido durante uma barreira", diz o corregedor.Policial rodoviário federal Eraldo Brandão A Polícia Rodoviária Federal ainda não contabilizou o montante que o inspetor Eraldo arrecadou durante o tempo em que atuou de forma ilícita no posto da PRF de Campo Maior-PI e diz que o fato de a propina nem sempre ser em dinheiro dificulta um pouco este trabalho. "Ele podia receber um bombom até um milhão de reais, por exemplo. Ele só não queria sair em desvantagem", afirmou a Corregedoria da PRF. A PRF destacou ainda que não tem como precisar um número exato de denúncias contra servidores da PRF, mas que desde 2009 a quantidade de vezes que a Corregedoria foi acionada subiu consideravelmente e os relatos envolvem principalmente corrupção passiva.
Imagem:Maria Clara Estrêla Corregedor da PRF, Francisco das Chagas Lopes Sobrinho Como denunciar A Corregedoria da PRF orienta as pessoas, que forem abordadas por policiais pedindo vantagens indevidas em barreiras nas estradas, que façam denúncia junto à ouvidoria da Corporação ou que procure diretamente a Corregedoria. A identidade do denunciante é mantida sob sigilo. O corregedor Francisco Sobrinho explica que o condutor não deve ceder à intimidação do policial e em momento algum deve dar o que ele está pedindo. "A pessoa que paga propina também comete um crime de corrupção ativa, portanto estará sujeita às penalidades conforme a lei prevê", alerta o corregedor. Com informações do Portal O Dia. |