A quantidade de caminhões desfilando no Corso de Teresina está diminuindo a cada ano e um dos motivos é o alto preço cobrado pelo aluguel do veículo, dos banheiros químicos e da estrutura exigida para garantir a segurança dos foliões. Por conta do superfaturamento, um grupo de amigos que ao longo de cinco anos já venceu 10 prêmios de melhor caminhão, desistiu de desfilar no dia 3 de fevereiro.
Segundo Igor Leite, um dos organizadores, os preços já estavam muito altos desde o ano passado, mas o grupo conseguiu desfilar com muito esforço. “O caminhão era pra reunir somente amigos, mas a despesa ficou tão alta que precisamos vender pra quem não conhecíamos, senão não arrecadava o dinheiro”, afirma.
Investimento para organizar caminhão com boa estrutura, além de bebidas e comidas, pode chegar a dezenas de milhares de reais
Os gastos com toda a estrutura oferecida para os 43 foliões do caminhão chegaram a R$ 20 mil. Este ano, Igor estima que precisariam investir pelo menos R$ 30 mil, ou seja, um aumento de 50%. “O custo por pessoa ficaria mais de R$ 300,00. Então a gente percebeu que aquilo tava errado. É desestimulante”, lamenta. Para este ano, além do aluguel do caminhão que chega a R$ 2.500 e pode subir para R$ 4 mil quando toda a estrutura de proteção for montada, o preço do combustível deve elevar ainda mais os custos em relação a 2017. Em 2012, quando o Corso de Teresina ganhou o título de maior desfile do mundo pelo Guinnes Book, foram confirmados 343 caminhões enfeitados na avenida. No ano passado, esse número caiu para 32 veículos. Este ano, de acordo com a Fundação Cultural Monsenhor Chaves, existem três caminhões inscritos, mas o prazo segue até o dia 31 de janeiro. Com informações do Portal O Dia.
|