Centenas de integrantes de movimentos populares e de entidades sindicais de Teresina-PI participaram na tarde desta segunda-feira (22 de janeiro de 2018), de um ato em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A manifestação intitulada “Em defesa do Lula e da Democracia” iniciou por volta das 15h de hoje, na Praça da Liberdade e conta com a presença de vários políticos piauienses, como o vereador Dudu e o governador Wellington Dias, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT).

De acordo com os próprios manifestantes, o ato tem como objetivo defender o ex-presidente que “vem sendo perseguido politicamente, por políticos de direita, com a intenção de tirar dele o direito de disputar as eleições presidenciais desse ano”. Já para o vereador Dudu e para o governador Wellington Dias o movimento não é em defesa de Lula, especificamente, e sim, em defesa da democracia.

Manifestantes realizam ato em defesa de Lula no Centro de Teresina. (Foto: Jailson Soares/O Dia)

“Nesse instante há uma ameaça à democracia. Se tiver alguém, como é o caso do presidente Lula, condenado sem ter uma prova, certamente isso vai significar um problema muito grande, porque aquilo que vale para um brasileiro, vira um parâmetro no judiciário para outros”, afirma o vereador.^{Manifestantes realizam ato em defesa de Lula no Centro de Teresina. (Foto: Jailson Soares/O Dia)}

Durante o ato, o governador Wellington Dias confirmou que estará em Porto Alegre nesta quarta-feira (24), junto com outros governadores, para acompanhar o julgamento do ex-presidente. Sobre o ato, Wellington  Dias afirmou que a manifestação é fundamental para garantir a lei e evitar uma nova ruptura democrática. “Eu acho que não há nada mais cidadão no Brasil do que participar de um ato como esse. Quem já viveu um momento de ruptura democrática, onde a lei não valia nada, como eu vivi, isso aqui é fundamental para que isso não volte a acontecer no Brasil”, destaca.^{Manifestantes realizam ato em defesa de Lula no Centro de Teresina. (Foto: Jailson Soares/O Dia)}

Entenda

Em julho de 2017, o ex-presidente Lula foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, o ex-presidente teria recebido um apartamento tríplex no Guarujá (SP), no valor de R$ 2,7 milhões, por ter beneficiado a empresa OAS em contratos com a Petrobras.Manifestantes fazem ato em defesa do ex-presidente Lula

Após a condenação em primeira instância, o ex-presidente recorreu e será julgado na próxima quarta-feira (24 de janeiro), na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre (RS). A defesa de Lula alega que o apartamento nunca pertenceu ao ex-presidente e reconheceu que a ex-primeira dama Marisa Letícia, chegou a demonstrar interesse pelo imóvel, mas desistiu da compra. Além disso, a defesa também acusa o MPF e o juiz Sérgio Moro de atuarem de forma política para prejudicar Lula.O ex-presidente Lula durante caravana às cidades do Nordeste. (Foto: Ricardo Stuckert)

O julgamento decidirá os rumos do cenário político neste ano, tendo em vista que o ex-presidente é cotado como um dos principais nomes das pré-candidaturas à Presidência da República. Com informações do Portal O Dia.