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Profissionais denunciam falta de repouso, material de proteção e curativos no HGV |
Profissionais que preferiram não se identificar relataram à TV Clube que há falta de locais para repouso dos profissionais e que estes estão precisando fazer “gambiarras” para administrar a medicação de pacientes, por falta de seringa adequada. “A gente não está tendo como fazer medicação, porque a seringa na farmácia é a de 5 ml, a gente está tendo que fazer uma gambiarra para a medicação do paciente“, diz uma profissional. O Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren) informou que foi acionado pelos profissionais e verificou alguns problemas, como a limitação de EPIs. Um aviso nos corredores do hospital indica que desde 12 de julho está determinada a distribuição de kits limitando a quantidade dos materiais para cada funcionário. Aviso limita quantidade de EPIs por funcionário no HGV. (Foto: Reprodução) Os produtos, sendo 10 pares de luvas, 1 máscara, 1 par de propés, 1 gorro e 7 jelcos (catéter intravenoso), seriam insuficientes, segundo a presidente do Coren-PI, Tatiana Melo. “No caso de aventais para banho no leito, se o funcionário só tem um e tem mais de um paciente, como vai fazer? Ele se protege e deixa de proteger o paciente? Usa o mesmo avental para mais de um paciente? Tem que trocar, eles são descartáveis. Prestou assistência, tem que desprezar, se não fizer isso, aumenta o risco de infecção hospitalar”, diz. Funcionários do HGV dizem que faltam materiais adequados. (Foto: Reprodução) A gerente de enfermagem do hospital, Cecília Viana, diz que o material é suficiente para o plantão, mas que caso seja necessário, o funcionário pode solicitar mais um kit. "O que não pode é prejudicar o profissional ou o paciente", destaca. Na porta do hospital, uma acompanhante conta que saiu da unidade com um paciente sem curativo. “Não fez porque não tinha”, disse ela. A gerente de enfermagem disse que há falta de material de limpeza devido à dificuldade financeira no hospital, mas que no caso dos curativos, sempre há produtos disponíveis. Há denúncias ainda quanto à falta de repousos e profissionais dizem que dormem no chão, mas a gerência afirmou que há locais suficientes. Profissionais dizem que precisam dormir no chão no HGV. (Foto: Reprodução) Outro problema denunciado é o de falta de lençóis, que a gerente diz ocorrer por dificuldade no controle. “Temos dificuldade porque a gente entrega a quantidade para o posto, mas não recebe de volta. Não sabemos quem pega, se o paciente guarda, se esconde. A direção fez 1,5 mil lençóis, é quantidade grande, mas temos essa dificuldade”, explica. Com informações do G1/Piauí. |