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Ex-prefeita e mais 4 presos na Operação Poço Sem Fundo no Piauí são soltos |
Na semana passada, a ex-prefeita de Brejo do Piauí, Márcia Aparecida Pereira da Cruz; o chefe de gabinete da ex-prefeita Emídio Pereira da Cruz; o pregoeiro municipal Carlos Alberto Figueiredo; e os donos da empresa VSP Construtora, Adcarliton Valente Barreto e Valdirene da Silva Pinheiro foram presos suspeitos de desviar recursos da manutenção de poços e chafarizes em pelo menos seis municípios. Ex-prefeita e mais cinco foram presos em Operação Poço sem Fundo e estão sendo soltos nesta segunda (18) — Foto: Divulgação/Gaeco Fabiano Feitosa Lira estava foragido desde que a operação foi deflagrada na quarta-feira (13). Ele se apresentou ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) na última sexta-feira (15) após negociação. “O advogado do vereador negociou a apresentação dele na sede da Gaeco, em Teresina. Ele foi encaminhado para a Casa de Custódia e deve permanecer preso durante toda a investigação. É isso que o Ministério Público quer”, declarou o promotor de justiça de Canto do Buriti. José William Luz justificou o pedido de prisão preventiva de Fabiano Feitosa Lira pelo fato do vereador ser apontado como o líder da organização criminosa. Segundo as investigações, ele teria superfaturado contratos para perfuração de poços para desvios de recursos federais em 2012. O promotor José William Luz informou que a soltura dos outros investigados é justificada pela colaboração de cada um deles. “Todos os presos foram solícitos com a justiça, forneceram todas as informações requeridas. Não existe motivo para pedir a prorrogação da prisão temporária deles. Eles serão postos em liberdade, mas continuarão respondendo à justiça pelos crimes”, informou. Emídio Pereira da Cruz, Carlos Alberto Figueiredo e Adcarliton Valente Barreto estavam presos na Penitenciária de São Raimundo Nonato, no Sul do Piauí. Márcia Aparecida Pereira da Cruz e Valdirene da Silva Pinheiro estavam presas na Penitenciária Feminina de Teresina. Operação Poço Sem Fundo A Operação Poço Sem Fundo foi deflagrada no dia 13 de março deste ano, pelo Gaeco e cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em Canto do Buriti, Brejo do Piauí e Teresina, com o apoio das Polícias Civil e Militar. Estima-se que cerca de R$ 3 milhões foram desviados no esquema que fraudava licitações para contratação de serviços de manutenção de poços e chafarizes de pelo menos seis municípios do semiárido piauiense. Coletiva de imprensa realizada na manhã da quinta-feira (14) na sede da Gaeco explicou como operava a quadrilha presa na Operação Poço Sem Fundo — Foto: Lucas Pessoa/G1 PI Segundo a Gaeco, já foi provado que houve fraude em Brejo do Piauí, com desvio de R$ 291 mil do município. Conforme as investigações, a empresa contratada pela prefeitura não prestava o serviço e nem tinha capacidade para isso. "Entre 2013 e 2017 foram desviados R$ 3 milhões de seis municípios da região. A ex-prefeita de Brejo do Piauí desviou no ano de 2015 mais de R$ 300 mil, com o envolvimento de mais três empresas", revelou o promotor de Justiça de Canto do Buriti. A Gaeco informou que eram contratados laranjas, responsáveis pela manutenção dos poços. Essas pessoas, alguns moradores, recebiam valores de R$ 50 a R$ 150 para a manutenção. “O desvio já está provado, todos eles participaram. A segunda fase da Operação deverá focar em como acontecia a lavagem de dinheiro”, destacou o promotor José William Luz. Com informações do G1. |
Última atualização ( Seg, 18 de Março de 2019 12:58 ) |