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Filho de piauiense é esquartejado em Brasília e sua ex-namorada é suspeita do crime |
A 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul) tenta descobrir as circunstâncias que levaram o suspeito a aceitar o convite para cometer a barbárie. A vítima é filho de uma piauiense da cidade de Floriano. O homem suspeito e a mulher tiveram a prisão temporária decretada por 30 dias, nesta quarta-feira (13 de novembro). Marcos Aurélio teria, no sábado, após voltar do trabalho, supostamente passado na casa da acusada. Para encobrir o assassinato, os pedaços do corpo foram colocados em sacos plásticos e descartados em locais distintos de Samambaia Sul. Mensagem de luto Nesta quarta-feira (13/11/2019), ao tomarem conhecimento da prisão da mulher, dezenas de pessoas foram ao perfil da suspeita para xingá-la. Veja:
Cães farejadores Enquanto aguarda o desfecho das investigações, a família do vigilante clama por justiça. A mãe de Marcos Aurélio, Sônia Maria Rodrigues de Almeida, 56, não se conforma com a crueldade. “O que fizeram com ele não tem perdão. Eu só tinha ele e outra filha [Marcele]. Eu era pai e mãe deles, criei sozinha”, afirma Sônia. Ela não come ou dorme direito desde sábado (09/11/2019). Na manhã daquele dia, Marcos fez o último contato, dizendo que estava saindo do trabalho e indo para casa. Na madrugada de quarta-feira (13/11/2019), a PCDF encontrou uma coxa que pertenceria a Marcos, na Quadra 325. Estava em um beco no Conjunto 2 da quadra. Outras partes de Marcos Aurélio foram localizadas desde o início da semana. O tronco do segurança estava em um saco de lixo localizado na manhã de terça (12/11/2019), em um bueiro na QR 327. Nessa segunda-feira (11/11/2019), foram achados os braços e as pernas (abaixo do joelho). A cabeça ainda não foi encontrada. “Rapaz trabalhador” Marcos Aurélio Rodrigues de Almeida. “Marcos era responsável, não vinha de malandragem. Estava trabalhando. Era de casa para o trabalho. Não era de sair e não tinha inimigos”, aponta Sônia. “Um rapaz trabalhador, um pai honesto, um filho digno. Não tinha inimizade com ninguém”, garante a noiva. Uma vizinha que não quis se identificar confirma a fama de bom moço de Marcos. “Ele era bom como vizinho e não merecia isso que aconteceu. Eu falava direto com a mãe dele. Aquele menino era tudo para a mãe dele”, diz. Já Rafael Correia, 28 anos, mora na região. Diz que a vizinhança, no geral, é bem tranquila, mas ele acredita que o crime acende o alerta sobre a violência. “É uma situação complicada, porque quase nunca acontece nada aqui. Nunca ouvi falar de roubos ou furtos, moro aqui há dois anos. Fico preocupado porque tenho família”, pontua. Primeiras informações O homem deixa um filho e uma noiva. “Ele mandou mensagem para a mãe, pela última vez, às 8h30 de sábado [09/11/2019], informando que estava indo do SIG para a Rodoviária do Plano Piloto. Depois disso, não apareceu em casa nem manteve nenhum tipo de contato”, destacou a irmã. De acordo com a noiva, os pés e as mãos eram parecidos com os do segurança. “Além disso, tem uma cicatriz no antebraço direito idêntica à dele”, lamentou. Segundo ela, Marcos não tinha inimigos nem qualquer tipo de desavenças.Marcos Aurélio Rodrigues de Almeida. Perícia Rosemberg Silva, 51, mora em uma chácara perto do terminal. Para ele, a região é segura. “Vivo há dois anos e meio aqui. Todo dia faço o trajeto do terminal até a minha casa, e nunca foi perigoso. Meu filho também anda por essa região, às 23h, e nunca aconteceu nada com ele. É o primeiro caso que vejo de violência, mas acho que nem aconteceu aqui, devem ter cometido o crime em outra região e só desovado o corpo aqui”, destacou. O comerciante Abimael Victor, 41 anos, diz que a região merece atenção das autoridades da área de segurança. “[O local] É muito isolado e com pouca iluminação. Fiquei muito surpreso com essa história do corpo, porque nunca tinha visto nada com essa crueldade toda”, assinalou.
Fonte: Metrópoles |
Última atualização ( Qui, 14 de Novembro de 2019 00:37 ) |