O enfermeiro suspeito de dopar e estuprar a própria cunhada de 44 anos, no Hospital São Marcos, no Centro de Teresina-PI, no dia 30 de outubro de 2020, já trabalhou na cidade de José de Freitas-PI, que fica a 48 km de Teresina. No momento em que teria ocorrido o estupro, a vítima estava acompanhando o sogro de 85 anos, que também é de José de Freitas e que foi submetido a uma cirurgia na bexiga.

Após a denúncia do caso na Delegacia da Mulher, no Centro de Teresina, o Hospital São Marcos, decidiu afastar o enfermeiro das funções. O suspeito que já foi ouvido pela delegada Vilmar Alves é casado com uma irmã da vítima. Segundo um familiar, o pai da administradora que foi estuprada, que tem familiares em José de Freitas, depois do ocorrido, vem chorando constantemente e está muito abalado com a violência sofrida pela filha.  

Imagem: Lucas Pessoa/G1

Delegacia da Mulher no Centro de Teresina-PI, onde o caso está sendo investigado.

De acordo com informações da delegada Vilma Alves, o enfermeiro investigado estava de plantão no hospital, quando teria ocorrido o estupro. “O suspeito teria dado uma medicação para a cunhada, dizendo que era para relaxar, mas a vítima ficou desacordada”, disse a delegada Vilma.

Quando recuperou a consciência, a vítima sentiu dor nas partes íntimas e suspeitou que havia sido violentada. A mulher que é administradora e que também tem familiares em José de Freitas-PI procurou o Instituto de Medicina Legal de Teresina (IML), onde foi submetida a exames que confirmou o estupro.

Em seguida, a vítima procurou a Delegacia da Mulher no Centro de Teresina e o enfermeiro foi identificado e intimado para prestar depoimento. "Temos que juntar todas as provas, todos os procedimentos policiais, para mandar para a Justiça", afirmou a delegada Vilma Alves.

"Para mim não resta nenhuma dúvida de que é estupro, conforme o que se tem, mas estão faltando ainda outros procedimentos para mandar para Justiça", disse a delegada Vilma Alves.

Imagem: Reprodução do Google

Delegada Vilma Alves, responsável pela apuração do caso.

O Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI) divulgou uma nota e disse que está averiguando o caso junto à chefia de enfermagem do hospital para abrir um processo ético contra o profissional suspeito pelo crime.

O Hospital São Marcos também emitiu comunicado, informando que repudia qualquer tipo de violência contra a mulher e que está à disposição da polícia para esclarecimentos. 

Veja a nota divulgada pelo Hospital São Marcos

O Hospital São Marcos, após tomar conhecimento de grave denúncia através da imprensa, esclarece ao público que não existe a prática de administração de quaisquer medicamentos para acompanhantes de pacientes. Caso isso tenha ocorrido, foi a partir de uma situação específica, relação pessoal de confiança que havia entre a vítima e o suposto agressor. O hospital repudia qualquer tipo de violência contra mulheres, menores, incapazes, idosos e quaisquer outros vulneráveis, está à disposição da Justiça e tomará as providencias cabíveis de maneira rigorosa, nos termos da Lei.

Veja a nota divulgada pelo Coren-PI

O Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI) ainda não recebeu essa denúncia oficialmente, mas está averiguando junto à chefia de enfermagem, para então abrir um processo ético.