|
||||
Prefeito corta gratificações, manda servidores do grupo de risco retornarem ao trabalho e sindicado fica calado diante da crise |
Se por vergonha, medo ou acordo, não se sabe, mas o SINDSERM (Sindicato dos Servidores Públicos de Teresina) silenciou diante da gestão do Dr. Pessoa (MDB). O curioso neste caso é que a insalubridade de 40% que os profissionais de Saúde estavam recebendo até aqui foi uma gratificação instituída pela gestão do ex-prefeito Firmino Filho (PSDB), criticado diária e fervorosamente pelo SINDSERM. O pagamento da insalubridade foi anunciado em abril de 2020 e alcançava todos os servidores na linha de frente do combate à pandemia, independente da natureza do vínculo profissional. Pessoa botou moral: Sindserm não fala com novo prefeito do jeito que falava com o antigo, não é Sinésio? (fotos: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com) Até aqui, o SINDSERM se limitou a, discretamente, solicitar a suspensão da Portaria 003/2021 da FMS, que obriga o retorno dos servidores afastados. Sem nenhum tipo de manifestação liderada pelo coordenador Francisco Sinésio em frente à Prefeitura, FMS ou Câmara Municipal. TEM CONDIÇÃO DE RECEBER GENTE DE FORA? Para aumentar a preocupação dos servidores, Doutor Pessoa aceitou receber pacientes vindos do Estado do Amazonas, onde a cepa mais contagiante do coronavírus já fez a capital Manaus viver seus piores momentos de toda a pandemia nos últimos dias. Segundo o prefeito, o Hospital Universitário criou vagas específicas para esses pacientes vindos de fora, o que não interfere na oferta imediata que já era oferecida pela FMS aos teresinenses. E o salário, ó: Pessoa teria cortado insalubridade de 40%, mandado servidores em grupos de risco voltarem ao trabalho presencial e mudado regras de gratificação; enquanto isso, recebe pacientes de fora do estado com nova cepa de coronavírus (foto: Jailson Soares | politicaDinamica.com) Perguntamos à Prefeitura de Teresina sobre o corte da insalubridade e as novas regras do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) de maneira objetiva, mas a FMS se dispôs a dizer apenas que “O Ministério da Saúde suspendeu recursos para o Nasf e COVID. Os recursos foram enviados até 31 dezembro de 2020. Não existe previsão de recursos do Ministério da Saúde para esses casos. A FMS está mantendo e ampliando assistência a COVID mesmo sem aporte financeiro do Governo Federal. O prefeito está tentando recursos para manutenção de toda assistência que os pacientes precisarem”. Ou seja: Pessoa aceitou receber pacientes infectados com a nova cepa do coronavírus à pedido do Governo Federal, mas esqueceu de perguntar ao mesmo Governo Federal sobre o financiamento do combate à pandemia. Deixou servidores à mercê da própria sorte, sem compensação pelo risco e decepcionados com o tratamento dado pela nova gestão. E olha que o prefeito é médico. DEVE ESTAR DE FÉRIAS De algum jeito, Pessoa calou o sindicato que, antigamente, estava sempre se manifestando por qualquer motivo. O Política Dinâmica tem tentado insistentemente entrar em contato com alguém que fale pelo SINDSERM de maneira oficial. Não obtivemos sucesso, mas o espaço está aberto para manifestações posteriores.
Fonte: Política Dinâmica |
Última atualização ( Seg, 18 de Janeiro de 2021 07:44 ) |