Desde 7h desta quinta-feira (14 de outubro de 2021),, cinco postos de combustíveis de Teresina iniciaram a venda do litro de gasolina comum pelo preço de R$ 3,50, valor sem impostos, como forma de protestar e conscientizar a população quanto à alta carga de tributos que são pagos pelos cidadãos. Considerando que o litro da gasolina comum se aproxima dos R$ 7,00 na capital, grandes filas começaram a se formar nos postos ainda na noite de ontem, quarta (13). O GP1 passou por alguns dos cinco postos que aderiram à campanha do Sindicato dos Postos Revendedores de Combustível do Estado do Piauí (Sindipostos-PI), e registrou as filas nos estabelecimentos. O presidente do Sindipostos-PI, Alexandre Cavalcante, disse em entrevista que o principal objetivo da ação é mostrar como seria o preço do combustível sem impostos. "A gente sempre soube que o maior problema do preço era o imposto, em reunião com o sindicado montamos essa campanha para que a população tenha consciência de onde vem esse preço. Não isentamos os impostos, porque o governo vai continuar cobrando e nós é que estamos pagando. Mas a gente achou melhor para que as pessoas tenham consciência para que cobrem das autoridades para que elas tomem uma atitude com o intuito de reduzir os impostos, e eu falo de impostos federais e estaduais. A carga tributária no país é muito pesada", ressaltou.

Alexandre Cavalcante disse ainda que estão sendo distribuídas senhas no intuito de melhor organizar a distribuição, que deve contemplar cerca de 400 veículos. "A gente não achou que a fila fosse começar ontem, então estamos distribuindo senha para que isso seja feito de maneira ordeira e para que a pessoa fique pouco tempo na fila e também para que na hora que ela chegar não aconteça de não ter mais combustível no preço ofertado. São 15 litros por usuário, fizemos a conta de que sejam 300 e poucos carros, algumas motos não pegam 15 litros então pegaremos cerca de 400 veículos", explicou.

Sônia Santos, técnica em Segurança do Trabalho, chegou ao posto de combustíveis Posto Planalto XXI, na Avenida Marechal Castelo Branco, por volta de 22h de quarta-feira (13) e criticou o aumento dos preços dos combustíveis. "Estou desde 22h, é um absurdo [aumento de preços da gasolina], uma falta de vergonha, um descontrole e falta de respeito com a população. É humilhante ficar aqui desde as 22h e desnecessário se a gente tivesse um governo capaz de administrar melhor a população e a economia. Veio cinco pessoas da minha família, cada pessoa trouxe três litros, que é equivalente a 15 litros", disse a técnica em Segurança do Trabalho.

Os consumidores se dirigiram com antecedência aos postos porque cada estabelecimento vai vender somente 5 mil litros da gasolina comum a R$ 3,50. Cada veículo poderá abastecer apenas 15 litros do combustível.

Impostos serão tema de discussão na Alepi

A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) vai realizar hoje, às 9h, uma audiência pública para debater o impacto dos impostos nos combustíveis. A audiência vai acontecer na Comissão de Finanças, Fiscalização, Controle e Tributação, presidida pelo deputado estadual Henrique Pires (MDB).

Confira a lista com o endereço dos postos que vão vender gasolina comum a R$ 3,50:

Posto Rede Mais – Endereço: Avenida João XXIII, bairro Noivos

Posto Planalto XXI - Endereço: Avenida Marechal Castelo Branco, bairro Porenquanto

Posto PH Prime - Endereço: Avenida Prefeito Wall Ferraz, Parque Piauí

Posto HD 1 - Endereço: Avenida João XXIII, bairro Noivos

Posto Cacique 20 - Avenida Frei Serafim, Centro

Piauienses pagam a gasolina mais cara do país, diz ANP

O relatório da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), feito entre os dias 26 de setembro e 02 de outubro, apontou que o Piauí continua com o maior preço médio da gasolina comum entre os estados do Brasil.

De acordo com os dados da ANP, na data em que foi feito o relatório, os piauienses estavam pagando, em média, R$ 6,65, no litro da gasolina comum. Os outros estados com os maiores valores eram: Rio de Janeiro (R$ 6,64), Rio Grande do Norte (R$ 6,62) e Acre (R$ 6,50).

Fonte: GP1