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TSE impediu auditoria das eleições pelas Forças Armadas, diz advogado Paulo Papini |
“O Exército não conseguiu fazer a auditoria de forma plena”, observou Papini, ao mencionar o relatório do subprocurador-geral da Justiça Militar, Carlos Frederico de Oliveira Pereira, que concluiu que os militares não tiveram elementos para analisar a possibilidade de fraude no pleito. “Não foi cedido o código-fonte.” Paulo Papini participou do 'Oeste Sem Filtro' | Foto: Reprodução A postura do TSE desrespeita a Garantia da Lei da Ordem (GLO) estabelecida em agosto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo o advogado. Na ocasião, o chefe do Executivo solicitou que as Forças Armadas participassem da auditoria do processo eleitoral. As leis brasileiras determinam que os civis podem responder perante a Justiça Militar caso atrapalhem operações de GLO. Papini disse que o subprocurador está pondo a sua carreira “em risco”, visto que pode estar “comprando briga” com autoridades que “agem fora da lei”. “Se ele não imaginasse que haveria alguma consequência, não apresentaria o parecer”, observou. “Ele fala coisas muito delicadas. Fala, inclusive, da possibilidade de violação da soberania nacional.” Indagado sobre o mau funcionamento da Justiça brasileira, Papini não titubeou: “O Judiciário não se resume às decisões do ministro Alexandre de Moraes”. Para o especialista, ainda existem juízes brasileiros capazes de se posicionar contra as ilegalidades cometidas pelos ministros das Cortes Superiores. “Defendemos uma grande quantidade de produtores de conteúdo”, lembrou o advogado. “Conseguimos a reabilitação de um monte de canais no YouTube e no Facebook, mesmo com as supostas violações de termos de uso. Sei que é difícil ouvir isso neste momento, mas acredito no Judiciário. Ele não se resume a Moraes, a Luiz Fux. Acredito na Justiça.”
Fonte: Revista Oeste |
Última atualização ( Ter, 06 de Dezembro de 2022 07:13 ) |