A polícia apreendeu na manhã desta terça-feira (30 de outubro de 2012), em uma Lan House, no Bairro Renascença I, na Zona Sudeste de Teresina-PI, cerca de 21 computadores, entre eles, nobebooks, pen drives e outras mídias de armazenamento que estariam sendo utilizados para a prática de pedofilia. 

O mandado de busca e apreensão foi expedido pelo juiz Almir Adib Tajra, da 7ª Vara Criminal de Teresina, tendo sido cumprido por uma equipe da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), comandada por Joattan Gonçalves. Segundo a delegada Andrea Magalhães, titular da DPCA, a apreensão do material faz parte dos trabalhos de investigação de um caso de pedofilia. Os trabalhos já realizados indicaram que uma das máquinas era usada por um ou mais criminosos para o compartilhamento de conteúdo pornográfico com adolescentes.

   Imagens: Fábio Lima 

         Lan Hause onde os policiais fizeram a apreensão dos computadores 

O dono da lan house diz está surpreso com o caso. Segundo ele, seu estabelecimento é registrado desde 2008 e está dentro da lei. “São muitas pessoas que frequentam. A gente até tem o cadastro de quem vai todos os dias, mas não temos como acompanhar 100%, porque é só um funcionário para dar conta das 17 máquinas e mais uma papelaria que funciona ao lado. Um programa monitora o que está sendo acessado e arquiva durante 20 dias. Vão crianças com os pais, todo tipo de gente”, declarou o empresário que não quis se identificar. Segundo ele, a lan house da sua loja está até defasada e depois da operação pensa em fechar o negócio.    

 Chefe de investigação da DPCA, Joattan Gonçalves quando apreendia os computadores na lan house   

As máquinas serão agora periciadas para verificar não só o compartilhamento de conteúdo, mas também de conversas de cunho sexual. Detalhes da investigação em andamento não serão fornecidos pela delegacia, porém a delegada Andrea faz o alerta. “Esse é apenas um dos casos que temos em andamento e sempre acontece da mesma forma. A menina conhece o rapaz pela internet, acaba expondo muitos dados pessoais e com a exposição, a vítima acaba caindo”, disse a delegada. A média de idade das vítimas está entre 10 e 14 anos. “As conversas começam como normais e depois assumem o cunho sexual, de forma forte até mesmo para um adulto. Este nosso trabalho vem para provar que podemos sim identificar de onde estas mensagens partem”, desabafou a delegada Andrea Magalhães. As máquinas serão agora periciadas para verificar não só o compartilhamento de conteúdo, mas também de conversas de cunho sexual.

         Lan Hause onde os policiais da DPCA apreenderam os computadores

     Chefe de investigação da DPCA, Joattan Gonçalves comandou a operação na lan house