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Veja os motivos que levaram os candidatos do Enem a perderem o primeiro dia de provas em todo Brasil |
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano começou às 13h deste sábado (3) para milhões de candidatos inscritos em todo o Brasil. Menos para aqueles que, por poucos minutos, encontraram os portões do local de prova fechados. Veja algumas histórias de quem acabou perdendo a prova do MEC.
Trânsito paulistano Em São Paulo, os estudantes que encontraram o portão do campus Barra Funda da Uninove, na Zona Oeste, dispararam contra o trânsito da cidade. “Saí de casa 11h30. O ônibus que passa a cada cinco minutos demorou 20. Além disso, peguei muito trânsito na Lapa. O transporte público deveria facilitar, mas acaba atrasando a vida das pessoas”, afirma Débora Lima, de 25 anos. Acidente de trânsito O vendedor José Wilson Barbosa dos Santos, 27 anos, saiu de sua casa, na Ceilândia (DF), às 10h30. Porém, acabou perdendo o Enem por apenas cinco minutos. O sonho de entrar na faculdade para virar professor, no entanto, foi adiado por causa de um acidente de trânsito: o ônibus em que ele estava bateu em outro veículo, perto da Torre da TV. Distância de 50 quilômetros Érica Gomes, de 15 anos, mora em Rondônia e foi alocada pelo MEC para fazer o Enem em Vilhena, uma cidade a 50 quilômetros de distância do distrito Perobal, onde mora. O pai, Antenor, afirma que é pecuarista e não conseguiu sair do trabalho no sítio antes das 10h30. A prova em Rondônia, por causa do fuso horário, teve início às 11h, antes de Érica conseguir chegar. "Pretendo fazer o curso de agronomia. Agora, só ano que vem", disse. Documento furtado Camila Florêncio, de 17 anos, foi retirada do prédio da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) antes do início da prova. Ela estava sem documento, mas afirmou que foi furtada dentro do ônibus, a caminho do Enem. "Acho que fui furtada no ônibus, expliquei à coordenação do bloco, e eles pediram que eu aguardasse o documento. Liguei para a minha mãe e como ela estava trabalhando, mandou um amigo", disse. Quando o amigo chegou, os portões já estavam fechados. Assalto A candidata Marcela Moreira, 18 anos, foi assaltada a caminho da universidade de Fortaleza, no Ceará, onde faria o Enem. "Vinha correndo e eles anunciaram o assalto", conta. Ela chegou a passar em casa para buscar a certidão de nascimento e a carteirinha de estudante, mas foi impedida de fazer a prova porque esses documentos não são aceitos pelo MEC, e ela não tinha o boletim de ocorrência do assalto. Adventista se confundiu O candidato Edvaldo Batista dos Santos, 52, chegou atrasado ao local de prova, no Instituto Federal do Espírito Santo, em Vitória. Ele é adventista e guarda o sábado para a fé. Mesmo com tratamento especial para sabatistas, ele deveria chegar até as 13h, mas apareceu 30 minutos depois e encontrou o portão fechado. “Achei que esse fosse o horário”, disse. Endereço errado Em Belém, no Pará, Janaina Beatriz chegou no horário. O problema é que ela se confundiu, e acabou indo ao local errado. Ela conseguiu entrar no colégio, apenas para perceber que estava no endereço errado. "Eu moro longe, saí com pressa, e acabei não checando direito o local da prova. Agora não vai dar tempo de chegar no colégio certo", disse, chorando. "Agora é tentar no próximo ano", revela. Desespero Nem todos os candidatos se resignaram com a perda da prova. No Rio de Janeiro, a estudante Amanda Freitas, de 18 anos, tentou pular os portões da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), na Zona Norte. Desesperada por perder o exame, ela foi contida por seguranças. "Moro aqui pertinho, na Tijuca, achei que o trânsito estava ótimo, mas acabei me dando mal. Estou triste e decepcionada. Quero prestar vestibular para odontologia e agora sem o Enem tudo vai ficar mais complicado." Mãe no hospital Quando saía de casa para fazer o Enem, a mãe da estudante Jaqueline Andrade Gomes começou a passar mal, e a jovem a levou para o hospital. Mesmo assim, Jaqueline conseguiu chegar cedo ao local da prova, mas acabou esquecendo o documento na bolsa da mãe. "Saí tão desesperada, agoniada que esqueci dos documentos. Não pude fazer a prova, esperei meu pai trazer os documentos mas não deu tempo", disse. Com informações do Portal G1.
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