O gabinete do prefeito de Teresina-PI, Firmino Filho, está "grampeado". A denúncia foi feita ontem à tarde pelo próprio prefeito Firmino Filho (PSDB), ao final de uma varredura em sua sala de trabalho. Foram encontradas escutas clandestinas ainda em mais dois locais do Palácio da Cidade: no gabinete do secretário de Governo e na Sala de Reuniões do prefeito. 

Firmino informou que mandou fazer a varredura eletrônica e a substituição das fechaduras das portas do gabinete apenas por precaução, e que ficou surpreso com o que foi encontrado. 

Ele instruiu sua assessoria a registrar Boletim de Ocorrência na Polícia, para a adoção das medidas cabíveis. "É possível que isso pare por aqui, mas é possível também que o Palácio da Cidade inteiro esteja cheio de 'grampos'", especulou o prefeito. Na dúvida, ele determinou que a varredura se estenda aos gabinetes de todos os secretários municipais o quanto antes. Firmino não quis atribuir responsabilidades ou fazer suposições sobre as possíveis origens dos grampos. "Isso aí é um trabalho para a polícia", assinalou. 

No gabinete do prefeito, a "escuta" estava instalada dentro da tomada do telefone dele, embaixo de sua mesa de trabalho. No gabinete do secretário de Governo, cargo ocupado pelo deputado Luciano Nunes, o "grampo" foi localizado em cima de uma luminária. A mesma situação se repetiu em relação à "escuta" da Sala de Reuniões. Os gabinetes do prefeito e do secretário de Governo não vizinhos, e estão situados no primeiro andar do Palácio da Cidade. A Sala de Reuniões também fica ao lado do gabinete do prefeito. 

É a primeira vez que se registra um fato desse tipo no Palácio da Cidade. Os "grampos" deverão ser periciados. Ontem foi o primeiro dia de trabalho normal do prefeito Firmino Filho e de seus secretários. No dia 1º, houve a posse dele. Na quarta-feira, houve a posse coletiva do secretariado. Os novos auxiliares passaram o dia de ontem procurando se inteirar do funcionamento de suas pastas e da escolha de suas equipes de trabalho. Com informações e Foto do Portal Diário do Povo.