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Morte de candidato a prefeito foi encomendada há 4 meses por "venda de mandato eletivo" |
O Delegado Geral da Polícia Civil do Piauí, James Guerra Júnior, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (15 de março de 2013), confirmou que existe uma organização criminosa que pratica vendas de mandatos eletivos na Região de São Julião-PI e ela seria a responsável pela morte do ex-vereador Emídio Reis da Rocha, que foi candidato a prefeito de São Julião, nas eleições de 2012 e perdeu por pouco mais de 250 votos, tendo recorrido à Justiça Eleitoral, pedindo a cassação dos mandatos do atual prefeito José Neci e do vice Francimar Pereira. Foram expedidos seis mandados de prisão e cinco foram cumpridos, sendo que um acusado ainda está foragido. Segundo o delegado James Guerra, uma das provas do inquérito é o depoimento de testemunhas que ouviram uma conversa, em uma reunião política realizada em novembro de 2012, onde foi acertada a morte do ex-vereador Emídio Reis. Ele disse que é um crime político, que um dos líderes é José Francimar Pereira. Vice-prefeito José Francimar Pereira “Foi negociado para o prefeito eleito ficar no cargo por dois anos e após renúncia assumir o vice. O vereador Emídio entrou com um processo pleiteando a cassação da chapa e havia a ameaça do vice não assumir a vaga de prefeito”, explicou James Guerra. Entre os presos está um armeiro que negociava armas, o motorista que abordou Emídio no dia do crime e dois executores de cidades próximas, que não teveram os nomes revelados porque as investigações ainda estão em curso. "Isca" James Guerra informou que um motorista conhecido do ex-vereador Emídio Reis serviu de "isca" para que ele fosse rendido pela organização criminosa que atua na Região de Picos, no Sul do Piauí. A declaração foi dada durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (15), na Delegacia Geral. "Um motorista que ele conhecia o abordou e fez com que ele parasse o carro para uma conversa. Foi nesse momento que ele foi rendido pelos autores do crime", explicou James.
O delegado acrescentou que a morte de Emídio foi acordada em uma reunião que aconteceu em novembro de 2012, logo após o último pleito eleitoral. Durante as investigações, a polícia descobriu que o grupo tinha apoio político e financeiro. "Eles tinham o braço armado, o braço político, o autor intelectual e o braço financeiro. Não há dúvida com relação as pessoas que foram presas. Agora vamos continuar as investigações para confirmar se há mais envolvidos", destacou James.
Divisão de mandados O delegado James Guerra disse que é uma prática comum de divisão de mandatos e o Emídio Reis era contrário a isso e essa ação que já tramita na Justiça e era um risco para o vice-prefeito não assumir. O delegado informou que ele foi morto com dois tiros e a polícia ainda aguarda perícia que vai dizer se ele foi enterrado vivo. James Guerra revelou que possivelmente o prefeito de São Julião, José Neci (PT), será ouvido no inquérito, mas não pode dar detalhes sobre isso já que o presidente do inquérito, delegado Lucci Keiko, ainda não chegou com os presos em Teresina-PI. Policiais civis prendendo um dos acusados de matar o ex-vereador Emídio Reis Momento que os policiais prendiam outro acusado da morte de Emídio Reis Acusado de envolvimento na execução do ex-vereador Emídio Reis Olha o momento que a polícia prendia outro acusado da morte do ex-vereador Emídio Momento que a polícia cumpria os mandados de prisões no Município de Picos
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Última atualização ( Sáb, 16 de Março de 2013 16:46 ) |