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Delegado diz que Emídio foi executado porque pediu cassação de prefeito |
A Polícia Civil encerrou o inquérito que apurava a morte do ex-vereador de São Julião, Emídio Reis. Durante uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (18), os delegados que fazem parte do GRECO (Grupo de Repressão ao Crime Organizado): Lucy Keiko, Menandro Pedro, além do delegado geral James Guerra, fizeram uma retrospectiva sobre a investigação do caso e de como se deu a elucidação do crime. Dentre os indiciados estão o vice-prefeito de São Julião, José Francimar Pereira (PP), como mandante do crime, Joaquim Pereira Neto como agente fiador, além de Antônio Sebastião de Sá, José Gildásio da Silva Brito e Valter Ricardo da Silva, como executores. Segundo o delegado Lucy Keiko, o principal motivo do crime teria sido uma representação política feita por Emídio Reis, contra o prefeito e vice-prefeito de São Julião. Não há dúvidas de que o vice-prefeito mandou executar Emídio Reis, por que ele [Emídio] pediu para cassar o mandato tanto do prefeito, quanto do Francimar. Desde então, a polícia ficou sabendo das ameaças que o ex-vereador vinha sofrendo por conta disso”, afirma Lucy Keiko.
Delegado Menandro Pedro O delegado disse ainda que, José Francimar, que está detido no quartel da Polícia Militar de Teresina, não confessou a autoria do crime, e que até o momento não há provas suficientes para prender Helvídio Francisco da Silva (um dos suspeitos do crime), apesar de não descartar esta hipótese. Além disso, Lucy falou durante a coletiva sobre a colaboração do acusado Joaquim Pereira Neto. “O Joaquim nos levou até lá para mostrar como tudo aconteceu e onde aconteceu. Eram detalhes que só quem é de lá e conhece o local poderia dizer. Nós percorremos desde a gráfica que o ex-vereador começou a ser seguido, até o local onde ele foi morto”, disse o delegado. O ex-vereador Emídio Reis foi visto ainda com vida pela última vez, no final da tarde do dia 31 de janeiro deste ano. Sem saber que estava sendo perseguido, Emídio teria dado carona para Antônio Sebastião, que o levou até o local onde o ex-vereador foi executado com dois tiros e enterrado vivo. Os acusados irão responder na Justiça pelos crimes de homicídio qualificado, formação de quadrilha e omissão de cadáver. |