Antes de iniciar seu longo voto vista no julgamento do processo administrativo que transformada em subsidio a remuneração dos servidores do judiciário do Piauí, que aconteceu na quinta-feira (23/05), o desembargador Raimundo Eufrásio informou que deve acinar na Justiça, se for o entendimento de sua assessoria jurídica, o Manoel Filho, membro do Sindicato dos Servidores do Judiciário do Piauí (Sindjus-PI). 

Segundo o desembargador, este senhor teria se referido a ele em uma nota feita pelo Sindjus como alguém que dá golpe baixo, que seria desleal. As declarações divulgadas na nota seriam pelo fato do desembargador ter atrasado seu voto vista no processo administrativo citado acima. O que não ocorreu antes porque o desembargador foi acometido de uma apendicite e teve que se submeter, às pressas, a uma cirurgia.

Desembargadores se entenderam ao final das ponderações 

“Aqui ele ofendeu não o cidadão Raimundo Eufrásio Alves Filho, mas um juiz institucional no uso de suas funções. Já encaminhei o caso para meu advogado”, afirmou o desembargador durante a sessão.

POLÊMICA MOÇÃO DE DESAGRAVO

Ao tomar conhecimento da nota, a presidente do TJ-PI, desembargadora Eulália Pinheiro, emitiu nota de desagravo ao Sindjus, sendo seguida pelos demais membros da Corte, exceto pelo desembargador Brandão de Carvalho. O desembargador Eufrásio disse que estranhou a posição de seu amigo, mas ressaltou que não ficou nenhuma mágoa. Já o desembargador Brandão de Carvalho disse que sabia que ele iria se ferir no íntimo, mas que assim procedeu porque já havia gravado um texto com o sindicato, o que de certa forma já lhe colocava com parte nesta situação.