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CRM não vai punir médico envolvido em acidente com 5 mortos na BR-343 no Piauí |
Faz um ano que Leodivan Pereira Lima, 45 anos; Bernadete Maria Lima, 50 anos; Leônidas Pereira Lima, 50 anos; Rita Teixeira Soares Lima, 40 anos e Lorena Soares, 3 anos, perderam a vida em um grave acidente na BR-343, no município de Altos-PI. Nos últimos doze meses, o médico Marcelo Martins de Moura conseguiu decisões favoráveis no Tribunal de Justiça do Piauí e teve um processo arquivado no Conselho Regional de Medicina do Piauí. A decisão foi no mês passado. A família das vítimas esperava que o CRM-PI cassasse o registro do médico, suspeito de dirigir embriagado no momento do acidente e de não ter prestado socorro às vítimas. Mesmo com um voto divergente de um dos conselheiros, o CRM decidiu arquivar a Sindicância que foi aberta por causa da denúncia de omissão de socorro.
Médico Marcelo Martins não será punido pelo Conselho Regional de Medicina do Piauí, por acidente que se envolveu na BR-343 no Piauí O caso ainda pode parar no Conselho Federal de Medicina, mas já foi dado um grande passo para que o médico não sofra nenhum tipo de punição e continue a exercer a profissão. A reportagem do 180graus teve acesso aos documentos do CRM-PI. Na decisão, o Conselho considerou que no dia do acidente, o médico não estava no exercício da profissão e, por isso, não deve responder ao Processo Ético-Profissional (PEP). TRECHO DA DECISÃO DO CRM-PI:
CRM DIZ QUE NÃO HOUVE OMISSÃO Para o CRM-PI, não houve omissão de socorro prevista no Código de Ética Médica, apenas pode ter havido a omissão de socorro prevista no Código Penal. Ou seja, o Conselho diz que a responsabilidade para julgar se houve, ou não, omissão de socorro, é da Justiça. ‘Não vislumbramos qualquer indício de infração ao Código de Ética Médica, haja vista que o médico denunciado não estava exercendo a profissão quando ocorreu o acidente, pelo que opinamos pelo arquivamento da denúncia’, diz o relatório final da Sindicância. Um dos conselheiros foi contra a decisão, mas foi voto vencido. Ele defendeu que o médico Marcelo Martins respondesse um Processo Ético-Profissional, pois, mesmo sabendo da gravidade do acidente, com possíveis vítimas fatais ou não, ‘não se dirigiu sequer ao outro veículo e que isso foi uma atitude de negligência por não prestar qualquer tipo de socorro médico’.
NÃO SERÁ JULGADO POR HOMICÍDIO DOLOSO
Há pouco mais de um ano acidente provocado pelo jovem médico Marcelo Martins matou essas cinco pessoas e deixou as famílias abaladas
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Última atualização ( Dom, 16 de Junho de 2013 20:10 ) |