A Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, instaurou uma sindicância para apurar a conduta do advogado Dalton Rodrigues Clark, que recebeu voz de prisão da promotora pública Rita de Cássia Gomes de Sousa, dentro do Fórum do Município de Monsenhor Gil-PI. 

O fato aconteceu durante uma discussão entre o advogado e uma servidora da justiça na cidade, na terça-feira (18). De acordo com Antônio Sarmento, presidente da Comissão, a competência para avaliar o comportamento dos advogados pertence à OAB. "Diante da grande repercussão e de todos os desdobramentos que foram ocasionados pela mídia, a Comissão instaurou uma sindicância, que tem como objetivo apurar todo o episódio, tanto a conduta do advogado quanto o conjunto do ocorrido", comentou.

O motivo da discussão teria sido uma reclamação contra a demora do Fórum, em expedir um alvará que havia sido prometido pela servidora, para ser entregue no último dia 18. No momento em que reclamava da demora, segundo o termo de declaração: “a serventuária acima identificada saiu da sua mesa e foi para o corredor para desacatá-lo, alegando que o declarante (Dalton) falava alto e que causou surpresa, pois D. Zélia (a servidora que recebia a reclamação) nada de anormal viu, porém a conversa com D. Zélia já estava terminada, e na discussão entre advogado e serventuária, a Promotora veio em sua defesa dizendo que ele estava preso”. Na tarde desta segunda-feira (24), a Comissão colheu o depoimento do advogado Dalton Rodrigues Clark e, durante esta semana, irá ao município de Monsenhor Gil apurar dados sobre o episódio e avaliará o caso. Após isso, a Comissão poderá propor à Ordem fazer uma representação contra a promotora junto à Corregedoria do Ministério Público do Piauí e ao Conselho Nacional do Ministério Público. Além de levar a juízo em reunião do Conselho Seccional, um desagravo. Com informações da Ascom/OAB-PI.