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Operação Miqueias: PF investiga fraude em fundos de previdência no Piauí |
A Polícia Federal investiga, através da Operação Miquéias, a atuação de uma quadrilha que fraudava institutos de previdência no Piauí. Segundo escutas da PF, autorizadas pela Justiça, o procurador aposentado da Fazenda Nacional, Manoel Felipe do Rego Brandão , natural de Oeiras, seria um dos beneficiados pelas ações comandadas pelo doleiro brasiliense Fayed Traboulsi. O caso foi alvo de reportagem no Jornal O Globo, que teve acesso ao relatório das escutas da PF. Segundo o documento Manoel Felipe Brandão estaria atuando como lobista para captar recursos para o Fundo de Previdência dos Servidores do Piauí. “A PF diz que nesse estado a quadrilha teria contato com a ajuda do ex-procurador-geral da Fazenda Nacional Manoel Felipe Brandão, incluído na lista dos lobistas utilizados pelo grupo comandado pelo doleiro Fayed Traboulsi”, diz O Globo, informando ainda que atualmente Manoel Felipe atua como advogado em Brasília. A quadrilha estaria pagando propina para os prefeitos captarem investimentos de fundos de pensão municipais. Os prefeitos eram incentivados a investirem em fundos que dariam prejuízos ao regime previdenciário. O procurador geral da Fazenda Nacional, Manoel Felipe Brandão, ocupou este cargo por três anos. Em maio de 2006 e deixou o cargo de procurador geral. O motivo da saída não foi divulgado oficialmente. Manoel Felipe Rêgo Brandão é considerado um dos mais combativos chefes que já passaram pela Procuradoria da Fazenda Nacional. Ele atuava com empenho na defesa da Fazenda Nacional. Manoel Felipe é procurador de carreira e exercia, anteriormente, o cargo de coordenador de Assuntos Tributários da Procuradoria-Geral. A PF anunciou que o modus operandi da quadrilha era fraudar os fundos de pensão municipais. O processo consistia em cooptar prefeitos para fazer investimentos em fundos que eram indicados pela quadrilha. Segundo o relatório da PF, a quadrilha oferecia aas prefeituras nomes de fundos de investimentos para aplicação de recursos que acabavam gerando prejuízo. A quadrilha também atuava em fundos de previdência estadual. IAPEP |