Os dois servidores da Agespisa que foram presos em flagrante na tarde de ontem (30) na Operação Rio Verde já foram liberados. A informação é do delegado de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Federal, Carlos Alberto Nascimento. 

O diretor de operações da Agespisa, José Dias, e o engenheiro civil e sanitarista Kleto Barata foram presos sob acusação de poluição ambiental. Segundo o delegado, os agentes que estiveram na empresa apresentaram laudos que indicam e atestam o crime. "Foi flagrante. Não havia pedido de prisão, porque isso é uma medida extrema. Além disso, trata-se de um crime afiançável e ontem mesmo a fiança cabível foi arbitrada e eles foram liberados", explicou Carlos Alberto, acrescentando que os servidores foram presos porque a PF entendeu que eles tinham domínio do fato, dada a função que exercem no órgão.

O delegado afirmou ainda que foram feitas coletas simultâneas que deverão identificar quais os poluentes que são despejados nos rios e quem são os responsáveis. Ele disse ainda que os documentos coletados na Agespisa poderão comprovar também outros delitos. "O tipo base de poluição traz uma série de delitos. O órgão é obrigado a manter em seus arquivos relatórios que comprovem o tratamento de afluentes", esclareceu. Mais de 80 policiais federais lotados em cinco estados diferentes participam da investigação. "É necessário um conhecimento técnico bastante apurado", finalizou o delegado, em entrevista ao Notícia da Manhã desta quinta-feira (31).

 José Dias, diretor de operações da AgespisaEngenheiro sanitarista Kleton Barata