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| Soldado-PM era líder de bando de assaltantes na Capital do Piauí, diz Greco |
 Durante entrevista coletiva sobre a Operação União, desencadeada na madrugada desta quinta-feira (21 de novembro de 2013), o delegado Carlos César Camelo, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado no Piauí (Greco), explicou como agia a quadrilha suspeita de ser responsável por vários assaltos e arrombamentos em Teresina-PI. Segundo o delegado, o assalto à Granja União, ocorrido no dia 25 de outubro deste ano, no Bairro Piçarra, na Zona Sul da Capital Piauiense teria rendido R$ 3 milhões ao bando. O monitoramento dos envolvidos começou há mais de um mês. Há registros de atuação dessa quadrilha desde janeiro deste ano (2013). A quadrilha, ainda de acordo com o delegado Carlos César, é responsável ainda pelo arrombamento à Agência do Banco do Brasil também localizada no Bairro Piçarra. Nesta agência, na véspera do crime, o proprietário da Granja União teria efetuado um depósito de R$ 1 milhão.
Além desses estabelecimentos, o bando teria praticado assaltos à casa de uma vendedora de joias no Bairro Matinha, a um mercadinho no Bairro Porto Alegre e duas tentativas de assaltos a um caixa eletrônico dentro do Comercial Carvalho do Bairro Parque Piauí e à Granja Coave.
O soldado-PM José Wellington, preso quando estava de serviço na Penitenciária Major César, no Município de Altos-PI, seria o responsável pelo contato com os integrantes do Pará e com o outro soldado, o Alencar, que seria lotado na Cavalaria da PM do Piauí. Esse soldado seria o fornecedor de rádios da Polícia Militar para que a quadrilha monitorasse a movimentação da polícia. "No Greco fazemos um trabalho de acompanhamento de quadrilhas. Há um mês conseguimos junto ao juiz Almir Abib Tajra, da 7ª Vara Criminal de Teresina, numa investigação de tráfico e o principal investigado era o soldado Wellington. Tanto que na casa dele foi encontrada grande quantidade de cocaína", explica o delegado Carlos César.
A suspeita é de que o bando realizaria uma outra ação ainda essa semana. A polícia conseguiu informações, através de escutas telefônicas, de que os integrantes estariam fazendo um levantamento em um estabelecimento não identificado pelo delegado. "Ontem teve uma conversa interceptada de integrantes do Pará e eles estavam fazendo levantamento de uma empresa que tinha dois vigilantes a partir das 22 horas, eles esperariam o supervisor de segurança passar no local para depois agir", esclarece o delegado.
As prisões ocorreram nos Bairros São João, Dirceu Arcoverde, Promorar e Mocambinho. A polícia apresentou uma escada de corda, botijão de gás, maçarico e outras ferramentas que eram utilizadas nos arrombamentos.
Todos os presos serão encaminhados à Casa de Custódia, exceto as mulheres que serão levadas para a Penitenciária Feminina.
Ainda há policiais em diligências para darem cumprimento a outros três mandados de prisão. O dinheiro proveniente dos assaltos não foram recuperados.
Segundo o delegado Menandro Pedro, coordenador do Greco, será feito um levantamento nas contas bancárias dos integrantes para se ter uma ideia da movimentação financeira da quadrilha.
Triângulo amoroso De acordo com o delegado Tales Gomes, as duas mulheres presas tinham relacionamento com o soldado José Wellington. A função delas na quadrilha era lavar o dinheiro conseguido nos assaltos.
Na casa de Maria de Fátima, uma das namoradas do soldado, a polícia descobriu que ela mantinha um estilo de vida incompatível com a renda. Com ela foram apreendidos um veículo L 200, um revólver Magnum 357, além de uma quantidade significativa de ouro.
Ainda de acordo com o delegado Tales Gomes, ambas sabiam do relacionamento uma da outra com Wellington. "Inclusive, nós descobrimos no celular da Fátima que ela enviava mensagens de texto para Naiara mostrando que tinha mais dinheiro. Enviava fotos", diz o delegado Tales.
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| Última atualização ( Qui, 21 de Novembro de 2013 15:28 ) |
