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Concurso: Greco investiga mais um PM envolvido em fraude |
O Grupo de Repressão ao Crime Organizado do Piauí (Greco) investiga a participação de outro policial militar na fraude do concurso da PM. Um sargento, que não teve o nome revelado teria ligado para o tenente Elivaldo Morais dos Santos, na manhã da aplicação da prova, e dito que "houve um problema" com o filho dele, que era um dos candidatos. De acordo com o delegado Tales Gomes, o sargento disse na ligação telefônica, que o celular do seu filho havia sido apreendido em um local de prova. O tenente Elivaldo teria respondido que é melhor não conversar sobre isso por telefone e pediu para encontrar o sargento pessoalmente. "Tanto o sargento quanto o tenente Elivaldo não estavam escalados para trabalhar no dia do concurso, mas trocaram o plantão. O tenente Elivaldo ficou com a viatura o tempo todo próximo ao colégio onde a moça que passaria o gabarito fazia prova. Tanto o sargento quanto o filho dele e também o filho do tenente prestaram depoimento na manhã de hoje", explicou o delegado. Delegado Tales Gomes que investiga a fraude no concurso da PM, que acabou anulado Depoimento Durante o depoimento Riroshi Moraes, filho do tenente Elivaldo Morais dos Santos, admitiu que tinha conhecimento da fraude, mas garantiu que não aceitou ser beneficiado. O delegado Tales acrescentou que no dia da prova Riroshi foi revistado, mas não foi encontrado nenhum celular ou aparelho eletrônico com ele, o que condiz com o depoimento do investigado. Riroshi não quis falar com a imprensa. "Mesmo que não tenhamos encontrado nenhum aparelho eletrônico com o Riroshi vamos solicitar ao NUCEPE o gabarito que ele marcou na prova para comparar com o gabarito da moça que iria repassar as respostas. A partir daí, poderemos dizer se há coincidências entre os dois gabaritos", declarou o delegado. Investigação O delegado Tales Gomes disse ainda que uma outra jovem estava sendo investigada por ter tentado entrar com um aparelho celular no Colégio Antonino Freire no dia da prova. Além disso há a informação de que a Polícia Militar sabia da possibilidade de fraude e não interferiu. "Sabemos que um policial militar ligou para o 190 no sábado a noite anterior ao dia da prova. No domingo de manhã a corregedoria teria chamado o tenente mas o liberou e ele seguiu com a fraude. O que nós fizemos de sábado para domingo, foi comparar as ligações feitas pelo celular do tenente Elivaldo, com os inscritos no concurso. Pelo menos cinco números coincidiam com o do tenente", revelou o delegado. Entre os cinco números encontrados no histórico do tenente, três confirmaram a fraude. Um deles era da moça que passaria as respostas e os outros dois de outros candidatos. Um quarto número seria de uma moça que desistiu de participar do esquema na véspera do certame e teria pedido mil reais de volta. "Ela foi revistada e foi provado que ela não portava celular. A Polícia também pedirá o histórico de mensagens de texto do celular do tenente Elivaldo", finalizou Tales Gomes. |
Última atualização ( Ter, 03 de Dezembro de 2013 16:31 ) |