Motoristas e cobradores de três empresas de ônibus de Teresina, no Piauí, impediram a saída dos veículos das garagens na manhã desta sexta-feira (1º de novembro de 2019) entre 6h e 8h, em protesto contra as más condições de trabalho e pedindo pagamento de direitos. Por conta disso, o G1 registrou paradas de ônibus lotadas em várias zonas da capital piauiense. O Sindicato das empresas foi procurado, mas ainda não se manifestou.

De acordo com o sindicato dos trabalhadores, o principal pedido é do pagamento de férias e melhorias nas condições de trabalho. A categoria informou que pelo menos 50% da frota das empresas Transfácil, Emtracol e Santa Cruz foi impedida de circular no início da manhã de hoje. Por volta das 8h, o G1 registrou a presença dos veículos circulando.

Motoristas e cobradores impedem a saída dos ônibus das garagens de Teresina, em protesto. — Foto: Glayson Costa/G1

Usuários do sistema de transporte informaram ao G1 que diversos pontos da cidade, em especial paradas de ônibus das Zonas Sul e Sudeste, estavam lotadas. Passageiros se revoltaram com a demora e disseram estar esperando o transporte de 6h30 até quase 8h, sem sucesso. Por volta de 8h, os ônibus começaram a circular, mas nem todos conseguiram embarcar, devido à lotação.

Passageiros reclamaram da demora dos ônibus nos terminais e paradas de ônibus. — Foto: Glayson Costa/G1

Giovani informou que esperou por mais de uma hora pelo ônibus, que normalmente espera por cerca de 40 minutos.

Maria dos Santos iria fazer um exame de mamografia agendado pelo SUS e informou que esperou por quase duas horas pelo ônibus, que não apareceu. "Acho que vou ter que voltar para casa, mesmo com toda a demora para marcar o exame", declarou.Passageiros tentam embarcar nos ônibus, mas lotação impediu entrada de todos. — Foto: Glayson Costa/G1

Outro passageiro informou que demorou quase uma hora para conseguir embarcar em um ônibus, mas manifestou apoio aos motoristas e cobradores. "Os ônibus que vieram antes estavam completamente lotados, mas mesmo assim prefiro a mobilização dos trabalhadores", disse. Com informações do G1/PI.