Escrito por Saraiva    Seg, 26 de Maio de 2014 23:09    Imprimir
Acaba a greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina

No início da noite desta segunda-feira (26 de maio de 2014), motoristas e cobradores de ônibus, reunidos em assembleia urgente no Tribunal Regional do Trabalho do Piauí, decidiram acabar com a greve da categoria, deflagrada na última sexta-feira. Sob risco de terem de passar por dissidio coletivo, os trabalhadores aceitaram a contraproposta dos empresários, mas afirmam não estarem satisfeitos com a mesma. A frota deve voltar ao normal a partir de 0h desta terça-feira (27).

 

Os trabalhadores negociaram reajuste de 8% no salário e 9% no tíquete alimentação. Os empresários discordaram e ofereceram 7,5% de aumento retroativo a 1º de maio, além da mudança da data-base para 1º de janeiro a partir de 2015, com aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e mais 2% de aumento real.

Imagens:Raoni Barbosa

Motoristas e cobradores durante as negociações que encerraram a greve

Caso o Governo do Estado promova desoneração dos impostos para combustíveis, os empresários oferecem ainda mais 0,5% de aumento. O desembargador Manoel Edilson cedeu o espaço do TRT para que motoristas e cobradores tomassem uma decisão. Se a proposta fosse rejeitada, o magistrado pretendia dar início ao dissídio coletivo logo em seguida, determinando os percentuais de reajuste e forçando o fim da greve. "Não foi fácil chegar a essa proposta final para encerrar a greve.

Vou ceder a vocês a oportunidade de discutir e chegar a uma resposta ainda hoje. Eu espero que aceitem e que ocorra o fim da greve", disse o desembargador. Um dos representantes dos trabalhadores, o motorista Alexsandro Gomes, confirmou que a proposta não foi satisfatória. A redução da jornada de trabalho de 7h20 para 6 horas, por exemplo, não foi contemplada. "A categoria não saiu satisfeita. Iniciamos com 13%, baixamos para 10% e a classe patronal deu 7,5%.

Se a gente não aceitasse, ia para o dissídio. Mas é assim mesmo. Pelo menos nós lutamos. A categoria se uniu e a greve serviu para mostrar que lutamos pelos nossos direitos e merecemos valor e respeito", declarou Alexsandro Gomes.