Escrito por Saraiva    Seg, 26 de Março de 2012 16:36    | Imprimir |
Juiz determina licitação do sistema de bilhetagem eletrônica dos ônibus

Enquanto a licitação das linhas de ônibus continua sub-júdice em Teresina-PI, um outro processo movimenta o sistema na capital. A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito tem até julho para fazer licitação do sistema de bilhetagem eletrônica. 

A decisão do juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública, Othon Lustosa, data de 23 de janeiro e dá prazo de 180 dias para o poder público abrir concorrência pública para a empresa que deve cuidar do sistema. Atualmente, os usuários de ônibus precisam ter cartões eletrônicos com a marca "+ fácil" para ter direito ao vale transporte ou passe estudantil, ou adquirir o cartão expresso para usufruir da integração do transporte coletivo. No entender do promotor Fernando Santos, que ajuizou ação civil pública, tal exploração do serviço é de responsabilidade do poder público e não de empresas privadas.

Evelin Santos/CidadeVerde.com 

O juiz acatou a argumentação. "Näo resta claro a quam cabe a exploração do serviço de bilhetagem eletrônica, no entanto, é evidente que o serviço de transporte coletivo urbano de passageiros compreende tudo aquilo necessário para a realização do deslocamento dos passageiros. Por conseguinte, o serviço de bilhetagem eletrônica, que consiste na automação da venda antecipada de passagens e o controle da arrecadação financeira, é uma forma de exploração do serviço de transporte coletivo urbano de passageiros. É pois, serviço público municipal", diz o juiz em sua decisão. Hoje o serviço é explorado pela empresa Tacom, contratada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina - Setut. O sistema de bilhetagem eletrônica foi criado por uma lei de 2001, que dava o controle da bilhetagem ao Setut. Porém, segundo o Ministério Público, outra lei, de dezembro de 2002, o controle passou a ser da Strans. E a Justiça entendeu que a tecnologia usada integra o serviço público e, por isso, pede licitação. “Através da seleção da melhor proposta, os custos na implantação do indigitado sistema de bilhetagem podem ser diminuídos e, consequentemente, haverá a redução das tarifas de transporte público”, diz o promotor Fernando Santos, autor da ação.

 

 

Fonte: Cidadeverde.com