Escrito por Saraiva    Ter, 21 de Janeiro de 2020 12:41    Imprimir
Pai se passa por criança e ajuda polícia a prender pedófilo

Um homem de 33 anos foi preso na tarde de ontem (20 de janeiro de 2020), após ser denunciado pelo pai de uma vítima. Segundo informações do delegado Ademar Canabrava, do 12º Distrito Policial, o pai procurou a polícia após a filha, de apenas sete anos, relatar que uma pessoa estranha estava falando com ela pelo aplicativo Whatsapp. Com o celular da criança, o pai foi até a delegacia registrar queixa e, orientado pelo delegado, se passou pela filha para conseguir mais informações sobre o suspeito. De acordo com o delegado Ademar Canabrava, durante a conversa o homem enviou fotos e vídeos despido e conteúdos pornográficos.

"O pai chegou aqui por volta de 11h30min e ficamos até meio-dia falando com ele, assim conseguimos localizar ele pela operadora, que nos deu telefone e endereço. Quando chegamos em Pedro II, que é onde ele mora, ele continuava mandando fotos e vídeos. Esse monstro chegou a dizer 'vou te pegar no colégio, faço bem devagarinho, tu não vai nem sentir' para uma criança de sete anos. É triste uma pessoa de 33 anos usar uma criança de sete anos para fazer o que ele estava fazendo. ", afirma o delegado.

O delegado relata ainda que o suspeito entrava em contato com outras crianças pelo aplicativo Whatsapp, mas a polícia ainda não sabe como ele conseguia o número de telefone das vítimas. "Nós temos dois celulares dele apreendidos e vimos vários conversas dele com outras crianças, não é com pessoas adultas. Conversando com os policiais, quando estava vindo de Pedro II, ele chegou a relatar que a um tempo atrás ele estuprou uma criança de nove anos e que a mãe levou a criança para São Paulo", diz.

O delegado faz alerta para que os pais fiquem atento às pessoas com quem as crianças estão conversando no celular. "Porque os pedófilos fazem qualquer maldade, como um indivíduo desse que pega uma criança que é inocente e acaba virando a cabeça da criança", alerta. O advogado de defesa do suspeito, Arão Araújo, alega que o cliente tem transtornos mentais. "Vamos comprovar que ele não tinha consciência do que estava fazendo. Na audiência de custódia vamos questionar a questão do flagrante e ver se ele consegue responder o processo em liberdade. Temos a perícia médica, temos as receitas, ele toma remédio controlado para amenizar os transtornos que ele possui", defende. Segundo o advogado, o suspeito recebe um benefício do Estado por possuir transtornos mentais e o celular que usava para aliciar as crianças foi um presente da mãe. No entanto, o advogado não soube informar como o suspeito tinha acesso ao contato das vítimas. Com informações do Portal O Dia.